Helena Pereira Meirelles cresceu
rodeada de peões, comitivas e violeiros. Fascinada pelas violas caipiras, a
família não permitia que aprendesse a tocar, o que acabou fazendo por conta
própria, às escondidas. Aos poucos ficou conhecida entre os boiadeiros da
região. Casou-se por imposição dos pais aos 17 anos, abandonando o marido pouco
tempo depois para juntar-se a um paraguaio que tocava violão e violino.
Separou-se novamente e, resolvida a tocar viola em bares e farras, deixou os
filhos dos dois casamentos com pais adotivos e ganhou a estrada até encontrar o
terceiro marido, com quem viveu por mais de 35 anos. Depois de desaparecer por
mais de 30 anos, foi encontrada bastante doente por uma irmã, que a levou para
São Paulo, onde foi "descoberta pela mídia" a partir de uma matéria
elogiosa na revista norte-americana "Guitar Player". Apresentou-se em
um teatro pela primeira vez aos 67 anos, e gravou discos em seguida. Foi escolhida
em 1993 pela Guitar Player como uma das "100 mais" por sua atuação
nas violas de 6, 8, 10 e 12 cordas. Sua música é reconhecida pelas pessoas
nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e
da cultura da região.
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