terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O presidente eleito Bolsonaro ignora reforma política


É quase um consenso na sociedade brasileira, a consciência de que sem uma reforma política que acabe com o instituto da reeleição, principalmente, com as coligações nas eleições em qualquer nível, com o patrimonialismo, o personalismo e a corrupção o Brasil estará condenado ao atraso e ao subdesenvolvimento.

O patrimonialismo que é a não distinção entre as esferas públicas e privadas, o que leva ao uso do patrimônio público (serviços e concessões) para fins privados como o benefício de amigos, familiares ou aos cabos eleitorais com quem o político com mandato mantém laços pessoais. O personalismo que se caracteriza pela distribuição de cargos e benesses aos apadrinhados políticos.

O eleitor brasileiro, após ponderar os pontos positivos e negativos dos candidatos, ainda acha que vale a pena votar em tais candidatos pelos benefícios que pode receber através de políticas públicas específicas, indicações de cargos públicos e outras benesses.

Uma reforma política criteriosa que acabe com o que se convencionou chamar de presidencialismo de coalizão, um instrumento que facilita o jogo do toma lá dá cá, do estabelecimento de um balcão de negócios nas antessalas dos governos, de qualquer governo, significará uma mudança bastante significativa numa cultura política, onde o público é sempre confundido (misturado) com o privado e os políticos, via de regra, se elegem para um mandato eletivo, não para servir ao governo e ao povo, mas para ser servido. Para usufruir do poder e das mordomais que o poder propicia.

A mudança de cultura política que propomos, visa fundamentalmente a moralização da política e o fim da corrupção endêmica, sistêmica, global e que assume um caráter de endemia e epidemia.   

O presidente eleito Jair Messias Bolsonaro, vem tratando a reforma política com uma indiferença olímpica, a exemplo dos presidentes que o antecederam.

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