Trabalho informal é trabalho semiescravo

O trabalho informal se caracteriza pela ausência de vínculos empregatícios na relação empregador-empregado, o que tira do empregado todos os direitos garantidos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). O direito aos benefícios e proteções sociais.

A China é o país que mais cresce no mundo, entre 6% e 7% em média nas últimas décadas. Uma das principais razões desse crescimento espetacular é a de que apresenta um dos mais baixos custos de mão de obra do planeta. É o que leva as grandes empresas a migrar para lá, para o paraíso da informalidade e do trabalho sem a garantia de direitos trabalhistas.

O fator China está achatando os salários no mercado internacional. Cada produto chinês consumido no resto do mundo ajuda a fechar empregos e reduzir salários fora da China. Um produto produzido na República Popular nessas condições, permite que um produto chinês seja colocado no mercado brasileiro com preço mais atraente e mais competitivo.

“As leis trabalhistas têm que se aproximar da informalidade”. O que essa frase do presidente eleito Jair Messias Bolsonaro sugere? Que para aumentar o número de vagas no mercado de trabalho, o trabalhador vai ter que abdicar dos direitos que as leis trabalhistas lhe asseguram. O trabalho informal, não custa nada insistir, é o trabalho sem vínculos registrados na carteira de trabalho ou documentação equivalente, sendo geralmente desprovido de benefícios como remuneração fixa, férias pagas, 13º salário e jornada de trabalho sem um tempo estabelecido.

A nova ordem econômica mundial impõe mudanças estruturais, econômicas, políticas e sociais que favorecem enormemente o trabalho informal, que em última análise é um tipo de trabalho que favorece o aumento de lucros das empresas. Isso explica a migração de grandes corporações com sede nos países desenvolvidos para países como China, Índia e Vietnam.    

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