Hoje Amanhã
No hoje todo o amanhã, no espaço o objeto.
Tudo o que é será o seu futuro.
A pedra, o sangue, o lodo, o lírio, o afeto,
flor humana que nasce do monturo.
As estrelas mudaram o seu aspecto
no caos que gera ou não o nascituro.
O nascente clarão rompe direto
da dor da fricção do ventre escuro.
Sendo eu o que serei, serei já sendo
inelutavelmente condenado
ao meu próprio amanhã e ao de tudo.
Porvir indiferente se o prevendo,
quer veja o dia de hoje ou o outro lado,
quer grite nesta cela ou fique mudo.
Tudo o que é será o seu futuro.
A pedra, o sangue, o lodo, o lírio, o afeto,
flor humana que nasce do monturo.
As estrelas mudaram o seu aspecto
no caos que gera ou não o nascituro.
O nascente clarão rompe direto
da dor da fricção do ventre escuro.
Sendo eu o que serei, serei já sendo
inelutavelmente condenado
ao meu próprio amanhã e ao de tudo.
Porvir indiferente se o prevendo,
quer veja o dia de hoje ou o outro lado,
quer grite nesta cela ou fique mudo.
Manoel
Caetano Bandeira de Mello foi poeta, ensaísta, advogado; nasceu em
Caxias, Maranhão, em 1918. Foi membro da Academia Maranhense de Letras (AML).
Siga os blogs Diário do Homem
Americano e Dom
Severino no Twitter e no Facebook.
Nenhum comentário:
Postar um comentário