sábado, 23 de fevereiro de 2019

Para nossa reflexão e humanização

Um dia nós todos estaremos mortos. Ninguém ficará para semente”, já diziam os antigos

Não há como negar a finitude humana. Estudos, descobertas, crenças, absolutamente nada nos tira o direito, o dever e a consciência da morte como destino final. O homem sempre foi aterrorizado pelo medo de morrer, não somente pelo findar da vida, mas por toda a incerteza da hora extrema e do pós-morte, por não sabermos o que nos aguarda no outro lado. Mas, é a consciência, o direito e o dever da nossa finitude que nos iguala, embora as pessoas ricas, movidas por um sentimento de poder extraordinário e superioridade se sintam melhores e superiores aos outros mortais. Ledo engano!

Nós seres humanos, também nos igualamos nas doenças. O que estabelece uma diferença entre as pessoas ricas e as pessoas pobres - são os meios de que dispõem os ricos para se tratarem, poderem se alimentar bem e as pessoas idosas de se acercarem de bons médicos, enfermeiras e cuidadoras que lhes dão assistência 24 horas. Isso permite aos ricos alongarem os seus tempos de vida e até mesmo suportarem os achaques e as dores da velhice; mas, a longevidade não pode ser considerada um prêmio, porque quanto mais a pessoa vive, mais ela sofre. Sofre dores físicas e dores da alma. As dores físicas que nos ocorre com a falência lenta dos nossos órgãos. As dores da alma que nos ocorre em função dos encargos de consciência, remorsos. Já os pobres, por não disporem de meios para se tratarem, esses morrem rapidamente, mas, em compensação sofrem menos, porque não dispõem dos recursos e dos meios que os ricos. No frigir dos ovos, os pobres de bens materiais acabam levando uma grande vantagem sobre os abonados, porque acabam sofrendo menos.

O orgulho que faz com que os ricos e poderosos se citam superiores aos pobres, os impede de se sentirem seres finitos. Seres mortais que estão sujeitos a dores, sofrimentos e a corrupção (putrefação, decomposição, deterioração) do corpo que para ficar podre não é necessário morrer. Quantas pessoas em vida estão podres por dentro? O câncer, a aids, a lepra e a tuberculose que não me deixam mentir.

Se o ser humano tivesse inteligência e humildade suficiente para refletir sobre sua condição humana, o mundo não conviveria com o egoísmo, o individualismo e o indiferentismo. O mundo seria outro e sem dúvida nenhuma humanizado e respirável. 

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