“Um dia nós todos estaremos
mortos. Ninguém ficará para semente”, já diziam os antigos
Não há como negar a finitude humana.
Estudos, descobertas, crenças, absolutamente nada nos tira o direito, o dever e
a consciência da morte como destino final. O homem sempre foi aterrorizado pelo
medo de morrer, não somente pelo findar da vida, mas por toda a incerteza da hora
extrema e do pós-morte, por não sabermos o que nos aguarda no outro lado. Mas,
é a consciência, o direito e o dever da nossa finitude que nos iguala, embora as
pessoas ricas, movidas por um sentimento de poder extraordinário e superioridade
se sintam melhores e superiores aos outros mortais. Ledo engano!
Nós seres humanos, também nos igualamos nas
doenças. O que estabelece uma diferença entre as pessoas ricas e as pessoas
pobres - são os meios de que dispõem os ricos para se tratarem, poderem se
alimentar bem e as pessoas idosas de se acercarem de bons médicos, enfermeiras e
cuidadoras que lhes dão assistência 24 horas. Isso permite aos ricos alongarem os
seus tempos de vida e até mesmo suportarem os achaques e as dores da velhice;
mas, a longevidade não pode ser considerada um prêmio, porque quanto mais a pessoa
vive, mais ela sofre. Sofre dores físicas e dores da alma. As dores físicas que
nos ocorre com a falência lenta dos nossos órgãos. As dores da alma que nos ocorre
em função dos encargos de consciência, remorsos. Já os pobres, por não disporem
de meios para se tratarem, esses morrem rapidamente, mas, em compensação sofrem
menos, porque não dispõem dos recursos e dos meios que os ricos. No frigir dos
ovos, os pobres de bens materiais acabam levando uma grande vantagem sobre os
abonados, porque acabam sofrendo menos.
O orgulho que faz com que os ricos e poderosos
se citam superiores aos pobres, os impede de se sentirem seres finitos. Seres
mortais que estão sujeitos a dores, sofrimentos e a corrupção (putrefação,
decomposição, deterioração) do corpo que para ficar podre não é necessário
morrer. Quantas pessoas em vida estão podres por dentro? O câncer, a aids, a
lepra e a tuberculose que não me deixam mentir.
Se o ser humano tivesse inteligência e humildade
suficiente para refletir sobre sua condição humana, o mundo não conviveria com
o egoísmo, o individualismo e o indiferentismo. O mundo seria outro e sem dúvida
nenhuma humanizado e respirável.
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