sexta-feira, 26 de abril de 2019

Reforma previdenciária e o recrudescimento da pobreza


A economia que o governo pretende com a reforma previdenciária, representará um enorme prejuízo para o trabalhador, sobretudo, para o trabalhador que sobrevive com um salário mínimo e que não reúne as mínimas condições para contribuir para a previdência privada. Em suma: para os pobres.

A aposentadoria, especialmente a aposentadoria rural e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), são os maiores distribuidores de renda e movimentam as economias dos municípios, que não contam com um parque industrial, não tem uma agricultura desenvolvida e que dependem fundamentalmente dos repasses do governo federal para manterem a máquina administrativa e as áreas da educação e saúde funcionando.

A reforma da previdência social que está sendo apreciada nas comissões do Congresso Nacional, atende essencialmente ao Deus mercado - que é quem realmente governa o país. Essa tão propalada economia de mais de um trilhão de reais que o governo espera atingir com a reforma da previdência social não resolve o problema do desemprego no país, porque o desemprego no Brasil é de ordem estrutural, ou seja, um desemprego que se dá e aumenta diariamente em função do cada vez maior emprego de novas tecnologias (mecanização e automação) em todas as áreas de produção.  

O investimento estrangeiro que o ministro da Economia, Paulo Guedes espera que chegue ao país com a aprovação do projeto de reforma da previdência, dificilmente ocorrerá, sobretudo num momento em que a economia mundial dá sinais de desaceleração e o risco de uma recessão mundial é real.

As mudanças propostas pelo governo no seu projeto de reforma da previdência social, são tão absurdas e cruéis que num mercado de trabalho com um índice muito alto de rotatividade, só os servidores públicos poderão pensar em aposentadoria. Na atualidade, o trabalhador que perde o emprego, levará no mínimo um ano para voltar ao mercado de trabalho, isto é, se fizer uma reciclagem e seja jovem. O trabalhador brasileiro com mais de 40 anos de idade, só tem alguma chance no mercado de trabalho se for altamente qualificado.

Convém lembrar que foi sob os governos tucanos e petistas que o social foi priorizado, pois eles criaram e expandiram benefícios para as pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza e as mais vulneráveis. Com essa política houve uma expressiva redução da pobreza e consequentemente a diminuição da violência.  

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