A economia que o governo pretende com a reforma previdenciária, representará
um enorme prejuízo para o trabalhador, sobretudo, para o trabalhador que
sobrevive com um salário mínimo e que não reúne as mínimas condições para
contribuir para a previdência privada. Em suma: para os pobres.
A aposentadoria, especialmente a aposentadoria rural e o Benefício
de Prestação Continuada (BPC), são os maiores distribuidores de renda e
movimentam as economias dos municípios, que não contam com um parque
industrial, não tem uma agricultura desenvolvida e que dependem fundamentalmente
dos repasses do governo federal para manterem a máquina administrativa e as
áreas da educação e saúde funcionando.
A reforma da previdência social que está sendo apreciada nas
comissões do Congresso Nacional, atende essencialmente ao Deus mercado - que é
quem realmente governa o país. Essa tão propalada economia de mais de um
trilhão de reais que o governo espera atingir com a reforma da previdência
social não resolve o problema do desemprego no país, porque o desemprego no
Brasil é de ordem estrutural, ou seja, um desemprego que se dá e aumenta
diariamente em função do cada vez maior emprego de novas tecnologias
(mecanização e automação) em todas as áreas de produção.
O investimento estrangeiro que o ministro da Economia, Paulo
Guedes espera que chegue ao país com a aprovação do projeto de reforma da
previdência, dificilmente ocorrerá, sobretudo num momento em que a economia
mundial dá sinais de desaceleração e o risco de uma recessão mundial é real.
As mudanças propostas pelo governo no seu projeto de reforma da
previdência social, são tão absurdas e cruéis que num mercado de trabalho com
um índice muito alto de rotatividade, só os servidores públicos poderão pensar
em aposentadoria. Na atualidade, o trabalhador que perde o emprego, levará no mínimo
um ano para voltar ao mercado de trabalho, isto é, se fizer uma reciclagem e
seja jovem. O trabalhador brasileiro com mais de 40 anos de idade, só tem
alguma chance no mercado de trabalho se for altamente qualificado.
Convém lembrar que foi sob os governos tucanos e petistas que o
social foi priorizado, pois eles criaram e expandiram benefícios para as
pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza e as mais vulneráveis. Com essa
política houve uma expressiva redução da pobreza e consequentemente a
diminuição da violência.
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