Analista
disse que a negociação política levará a reconciliação nacional
O analista Johel
Orta Moros, do instituto Soluções Para Venezuela (PV), não concebe como a oposição
e a situação gastam tanto dinheiro para sentar-se à mesa em Oslo, Noruega, para
tratar algo que pode ser resolvido em Caracas.
A Venezuela neste momento está num estado de empate
catastrófico onde os dois polos de confrontos tem tanta fuerza que é impossível
que um lado esmague o outro.
Assim disse o dirigente da Soluções Para Venezuela
(SPV), Johel Orta Moros. O também analista político se manifestou dizendo em sua
visita a província de Maturin, que em definitivo, longe de confrontar, esses
fatores que estão à frente no tabuleiro político na Venezuela temos que sentar
e colocarmo-nos de acordo para encontrarmos uma saída negociada.
Garantiu que “Governo e Oposição são como dois
boxadores num ringue em igualdade de condições, numa luta que se considera que
não acabará por nocaute, porque terminará por uma decisão, que pode ser unânime
ou dividida e a decisão é de um arbitro eleitoral, o eleitor.
O país requer governabilidade, para não entrar num estado
de desespero, ante uma saída abrupta que pode levar a um governo de transição
indesejável.
Johel Orta Moros, considera insólito que a
Venezuela seja o único país onde o ministro de Defesa, Vladimir Padrino López, que é um militar, pede conversação e paz e
os políticos pedem guerra e intervenção. Parece que o país está pelo avesso. “Uma
intervenção não acontecerá”, disse Johel.
Encontro de poderes
Respeito o encontro na Noruega, mas afirmo que a
política deve ser séria. Recomendo ao presidente da Assembleia Nacional (AN) Juan Guaidó a não buscar interlocutores
e que fale diretamente com Nicolás Maduro em Miraflores, porque ambos os atores
não podem seguir submetendo o país a uma tragédia. “Isso seria o desejável se tivéssemos
uma classe política nacional para formar um gabinete de emergência nacional. O
que pedimos é racionalidade”.
Venezuela
como uma partida de futebol
Com o governo por um lado como uma equipe e a
oposição como outra e os venezuelanos ficam como um balão. “Nos dão patadas de lado
a lado. Os que estão sendo pisados somos os venezuelanos, quem padece, é o
cidadão a pé. Havemos de buscar a reconciliação.
Orta assegurou que temos que estar preparados para
que num governo de transição existam representantes do chavismo. Em média, há
um 60% de pessoas que não se identificam com nenhum dos lados. Essa é a
maioria. “Como fuerza política emergente, aqui todos são bem vindos, sem egoísmos”.
Com El
Universal - Venezuela
Em Tempo:
Muito lucido essa visão desse analista político que
defende a reconciliação nacional e aponta como uma saída possível para a grave
crise política que a Venezuela atravessa neste momento, um pacto político que reúna
em torno de uma mesma mesa, o governo e a oposição, porque como ele usou uma analogia
com um jogo de futebol, que dado o equilibro das forças, esse jogo acabará
empate e como isso aumento o sofrimento e a tragédia venezuelana. O analista Johel
Orta Moros dissuade o lado da oposição de apostar numa intervenção. Cabe aos venezuelanos
decidirem o seu próprio destino. Pelo menos o vice-presidente brasileiro não
acredita numa intervenção, principalmente com a participação do Brasil. Um país
que sequer consegue resolver seus problemas internos, não pode se dar ao luxo
de participar de uma aventura na Venezuela.
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