segunda-feira, 10 de junho de 2019

Analista não acredita numa solução para a crise da Venezuela fora da reconciliação


Analista disse que a negociação política levará a reconciliação nacional

O analista Johel Orta Moros, do instituto Soluções Para Venezuela (PV), não concebe como a oposição e a situação gastam tanto dinheiro para sentar-se à mesa em Oslo, Noruega, para tratar algo que pode ser resolvido em Caracas.

A Venezuela neste momento está num estado de empate catastrófico onde os dois polos de confrontos tem tanta fuerza que é impossível que um lado esmague o outro.  

Assim disse o dirigente da Soluções Para Venezuela (SPV), Johel Orta Moros. O também analista político se manifestou dizendo em sua visita a província de Maturin, que em definitivo, longe de confrontar, esses fatores que estão à frente no tabuleiro político na Venezuela temos que sentar e colocarmo-nos de acordo para encontrarmos uma saída negociada.

Garantiu que “Governo e Oposição são como dois boxadores num ringue em igualdade de condições, numa luta que se considera que não acabará por nocaute, porque terminará por uma decisão, que pode ser unânime ou dividida e a decisão é de um arbitro eleitoral, o eleitor.

O país requer governabilidade, para não entrar num estado de desespero, ante uma saída abrupta que pode levar a um governo de transição indesejável.  

Johel Orta Moros, considera insólito que a Venezuela seja o único país onde o ministro de Defesa, Vladimir Padrino López, que é um militar, pede conversação e paz e os políticos pedem guerra e intervenção. Parece que o país está pelo avesso. “Uma intervenção não acontecerá”, disse Johel.  

Encontro de poderes

Respeito o encontro na Noruega, mas afirmo que a política deve ser séria. Recomendo ao presidente da Assembleia Nacional (AN) Juan Guaidó a não buscar interlocutores e que fale diretamente com Nicolás Maduro em Miraflores, porque ambos os atores não podem seguir submetendo o país a uma tragédia. “Isso seria o desejável se tivéssemos uma classe política nacional para formar um gabinete de emergência nacional. O que pedimos é racionalidade”.

Venezuela como uma partida de futebol

Com o governo por um lado como uma equipe e a oposição como outra e os venezuelanos ficam como um balão. “Nos dão patadas de lado a lado. Os que estão sendo pisados somos os venezuelanos, quem padece, é o cidadão a pé. Havemos de buscar a reconciliação.

Orta assegurou que temos que estar preparados para que num governo de transição existam representantes do chavismo. Em média, há um 60% de pessoas que não se identificam com nenhum dos lados. Essa é a maioria. “Como fuerza política emergente, aqui todos são bem vindos, sem egoísmos”.  Com El Universal - Venezuela

Em Tempo:


Muito lucido essa visão desse analista político que defende a reconciliação nacional e aponta como uma saída possível para a grave crise política que a Venezuela atravessa neste momento, um pacto político que reúna em torno de uma mesma mesa, o governo e a oposição, porque como ele usou uma analogia com um jogo de futebol, que dado o equilibro das forças, esse jogo acabará empate e como isso aumento o sofrimento e a tragédia venezuelana. O analista Johel Orta Moros dissuade o lado da oposição de apostar numa intervenção. Cabe aos venezuelanos decidirem o seu próprio destino. Pelo menos o vice-presidente brasileiro não acredita numa intervenção, principalmente com a participação do Brasil. Um país que sequer consegue resolver seus problemas internos, não pode se dar ao luxo de participar de uma aventura na Venezuela.        

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