domingo, 7 de julho de 2019

Um povo bruto e egoísta é o que nós somos


Numa região como a nossa, extremamente seca, castigada permanentemente pela falta regular de chuva, existem pessoas que usam água tratada para lavar calçada, encher piscina e limpar o acumulo de poeira nas casas. Embora a água que nos é servida pela Empresa de Água e Esgotos do Piauí S/A (AGESPISA) não seja boa para o consumo humano, as pessoas extremamente pobres fazem uso dessa água por falta de opção.

No município de São Raimundo Nonato, existem bairros, onde a população só o que recebe regularmente são as notas fiscais emitidas pela AGESPISA. Podemos citar como exemplo, o bairro aeroporto, o mais castigado pela falta de água em nosso município. Diariamente são muitas as reclamações feitas dentro do programa FACTORAMA, por moradores desse bairro que dizem passar de 10, 15 e até mesmo um mês sem receber esse bem que é um produto essencial.

Os povos ditos civilizados se preocupam em poupar um bem finito e que é de uso comum, como à água, mas nos países pobres e subdesenvolvidos as pessoas ricas e da classe média, essas só pensam no seu bem estar e conforto e a plebe que se vire para sobreviver. Esse é o pensamento dominante nos países subdesenvolvidos e de terceiro mundo. Países que dado as condições de pobreza extrema, a sua gente deveria ser mais solidária uns com os outros, mas não é isso que se vê. Ser egoísta nos países pobres e subdesenvolvidos parece ser uma forma dos ricos e da classe média tripudiarem e se apresentarem como superiores e melhores que os pobres e desvalidos da nação. Isso é fácil de perceber.

Parafraseando a frase “O mineiro só é solidário no câncer”, atribuída ao jornalista e escritor mineiro Otto Lara Resende pelo seu amigo, o dramaturgo, jornalista, escritor e ensaísta Nelson Rodrigues, nós dizemos que ‘o brasileiro só é solidário nas festas e nas comemorações’.

O brasileiro é capaz de ajudar as vítimas de um Tsunami na Indonésia, porque terá a oportunidade de aparecer nos telejornais, mas incapaz de ajudar um brasileiro que sofre as agruras da seca na região Nordeste ou das enchentes nas regiões Sudeste e Sul.      

No nosso caso, particular, o espírito solidário deve se manifestar na forma de economizar e poupar água para que a escassez de bem não prive outras pessoas do abastecimento dágua.

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