O juiz federal Fausto De Sanctis do TRF-3, o juiz da Operação Satiagraha que prendeu o banqueiro Daniel
Dantas, tem razão quando afirma que querem destruir a Operação Lava Jato. Uma
destruição que vem sendo orquestrada pela esquerda e pela direita, porque ambas
têm interesses comuns, ou seja: vem trabalhando juntas para e libertar e salvar
da condenação os seus principais líderes e dirigentes. Até certo ponto é compreensível
a união dessas dispares para matar uma Operação que pela primeira vez no Brasil,
conseguiu investigar, condenar e prender figurões da política e do mundo corporativo
- que sequestraram e assaltaram este país.
Na defesa que faz da Operação
Lava Jato, esse juiz federal cita alguns pontos do que ele considera acertos
dessa que muitos julgam uma operação redentora e civilizatória, capaz de salvar
este país da cultura do “rouba mais faz e
Do é Dando que se recebe”, criada por um político da República Velha e copiado
até à exaustão por políticos da Nova República.
Leia abaixo algumas opiniões
desse juiz federal sobre as ações da Operação Lava Jato e daqueles que querem
destruir a coisa mais séria que já se fez neste país - no sentido de combater uma
corrupção endêmica, sistêmica e global que vive assaltando este país
diuturnamente: “As acusações são fatos
que ganharam corpo por causa das provas, e não por um viés político. Os fatos
são muito mais graves e engoliram qualquer viés político”. “Sérgio Moro tomou decisões técnicas e com
uma postura ética que juízes de primeiro grau gostariam de ver nas cortes
superiores”. “O Supremo tem sio
reconhecido como o primeiro violador da ética judicial. Não se reconhece em
muitos ministros a figura de um magistrado, mas de um político”. “Conversa
sempre existira dentro do judiciário. Fofocas também. Conversas pode existir
desde que não haja desrespeito de parte a parte. Já recebi questionamentos de
advogados perguntando se ele fizesse tal coisa qual seria a minha posição. Eu
imediatamente respondi que não estou aqui como agente de consulta. O juiz
decide”.
Sobre o papel do magistrado que
vem sendo constantemente questionado pela população, principalmente da Suprema
Corte, o juiz federal Fausto De Sanctis,
disse o seguinte: “O Supremo tem sido reconhecido
como o primeiro violador da ética judicial. Não se reconhece em muitos ministros
a figura de um magistrado, mas de um político. Não deveria haver qualquer
contato e proximidade política”.
Sobre as decisões do juiz Sérgio
Moro no ato de condenação Fausto De Sanctis disse o seguinte: “As decisões judiciais estão muito bem
embasadas, com provas, com confissões, com delações, atingindo políticos e
empresários”.
Ao ser perguntado sobre o
interesse de partidos da esquerda e da direita no sentido de destruir a Operação
Lava Jato, o juiz federal Fausto De Sanctis se manifestou da seguinte maneira: “O sistema está se movimentando e articulando
para tolher as consequências da Lava Jato. A Lava Jato foi vitoriosa na primeira
e na segunda instância. Entre os políticos, só há um condenado pelo Supremo”.
O Juiz federal também se
manifestou sobre a independência do juiz de primeiro grau: “Porque o juiz de primeiro é reconhecido como
a justiça independente, porque não há conexões políticas. O juiz de primeiro
grau é necessariamente um concursado”.
Esse ponto, talvez seja o que chama mais a atenção da população brasileira,
porque os ministros das cortes superiores não são admitidos através de concurso
público, mais por obra e graça da boa vontade e do interesse de quem nomeia o
ministro. É logico que se o ministro deve favores aos senadores que os
sabatinam e ao presidente da república que assina as suas nomeações, sempre
haverá de parte de escolhido, de quem recebeu um mimo vitalício, algum grau de
gratidão.
A propósito:
Se existe um erro de parte do ex-juiz
federal Sérgio Moro sobre o qual ele em algum momento vai ter que penitenciar-se
- é o fato de ele ter aceito o convite para ser ministro de um eventual governo
Bolsonaro. Daí a recomendação para que ele se afaste imediatamente desse
governo para salvar a si mesmo e a Operação Lava Jato. A Operação Lava Jato
está sendo prejudicada pela decisão de Moro de tornar-se ministro de Estado
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