terça-feira, 12 de novembro de 2019

Campanha eleitoral antecipada do PT ajudará Bolsonaro


Cabe à oposição fiscalizar o governo. Mas, a oposição não pode ir com muita sede ao pote, porque acaba alertando o adversário e esse por sua vez, passa a corrigir os seus erros e a assumir políticas identificadas com a oposição, que se implementadas melhorarão a imagem do governo. Querem um exemplo? O governo Bolsonaro que já havia anunciado o seu desejo de criar a 13ª parcela do programa Bolsa Família, um tipo de 13º salário, acaba de confirmar esse pagamento.  

Os petistas ao radicalizarem suas posições e ao anteciparem a campanha eleitoral de 2022, praticamente obrigam o governo de Jair Messias Bolsonaro a reagir no sentido de não perder espaço para a oposição. O pagamento da 13ª parcela do Bolsa Família é uma reação do governo. Vai que Bolsonaro resolve copiar as políticas sociais dos governos Lula, Dilma e FHC! Isso acabará tirando o discurso do petistas e aliados políticos.

As manifestações de Lula e dos seus seguidores e o desejo dessa liderança política de sair pelo país em caravana, caracteriza uma campanha eleitoral antecipada, o que proíbe a legislação eleitoral. A propaganda eleitoral tem um tempo determinado para começar e acabar. A propaganda eleitoral permitida pode ser divulgada a partir do dia 5 de julho do ano eleitoral. Essa data tem seu motivo, ao passo que até esse momento são feitos os procedimentos de escolha e registro de candidatos. Dessa forma, o legislador optou por permitir a propaganda eleitoral exclusivamente após não faltar mais candidato a ser registrado.   

Diante do exposto, a finalidade da proibição da propaganda extemporânea é evitar o desequilíbrio e a falta de isonomia nas campanhas eleitorais. Os candidatos devem ser tratados igualmente. Portanto, perante a legislação eleitoral, não é aceitável que alguns possam divulgar suas propagandas antes mesmo que outros tenham se registrado como candidatos.

As lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) e de partidos com ideias afins, vem agindo não de hoje, como se vivessem num país em estado de exceção, o que convenhamos é uma arrematada tolice e uma irresponsabilidade inominável. O Brasil desde o primeiro governo da Nova República que vive uma verdadeira democracia no que tange a liberdade individual, a liberdade da livre manifestação e a liberdade da organização de partidos ditos de esquerda. Isso ninguém pode negar. As eleições de Lula e Dilma Rousseff aconteceram num clima de absoluta normalidade e em nenhum momento a posse de Lula e Dilma foram ameaçadas. Mas, o comportamento de enfrentamento da esquerda poderá radicalizar as posições do espectro da direita. E isso representa uma séria ameaça para a democracia.

As diatribes da família Bolsonaro não serão respaldadas pela população brasileira consciente e responsável.

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