Cabe à oposição fiscalizar o
governo. Mas, a oposição não pode ir com muita sede ao pote, porque acaba
alertando o adversário e esse por sua vez, passa a corrigir os seus erros e a
assumir políticas identificadas com a oposição, que se implementadas melhorarão
a imagem do governo. Querem um exemplo? O governo Bolsonaro que já havia anunciado
o seu desejo de criar a 13ª parcela do programa Bolsa Família, um tipo de 13º salário,
acaba de confirmar esse pagamento.
Os petistas ao radicalizarem suas
posições e ao anteciparem a campanha eleitoral de 2022, praticamente obrigam o
governo de Jair Messias Bolsonaro a reagir no sentido de não perder espaço para
a oposição. O pagamento da 13ª parcela do Bolsa Família é uma reação do
governo. Vai que Bolsonaro resolve copiar as políticas sociais dos governos
Lula, Dilma e FHC! Isso acabará tirando o discurso do petistas e aliados
políticos.
As manifestações de Lula e dos seus
seguidores e o desejo dessa liderança política de sair pelo país em caravana,
caracteriza uma campanha eleitoral antecipada, o que proíbe a legislação
eleitoral. A propaganda eleitoral tem um tempo determinado para começar e acabar.
A propaganda eleitoral permitida pode ser
divulgada a partir do dia 5 de julho do ano eleitoral. Essa data tem seu
motivo, ao passo que até esse momento são feitos os procedimentos de escolha e
registro de candidatos. Dessa forma, o legislador optou por permitir a
propaganda eleitoral exclusivamente após não faltar mais candidato a ser
registrado.
Diante do exposto,
a finalidade da proibição da propaganda extemporânea é evitar o desequilíbrio e
a falta de isonomia nas campanhas eleitorais. Os candidatos devem ser tratados
igualmente. Portanto, perante a legislação eleitoral, não é aceitável que
alguns possam divulgar suas propagandas antes mesmo que outros tenham se
registrado como candidatos.
As lideranças do
Partido dos Trabalhadores (PT) e de partidos com ideias afins, vem agindo não
de hoje, como se vivessem num país em estado de exceção, o que convenhamos é uma
arrematada tolice e uma irresponsabilidade inominável. O Brasil desde o
primeiro governo da Nova República que vive uma verdadeira democracia no que
tange a liberdade individual, a liberdade da livre manifestação e a liberdade
da organização de partidos ditos de esquerda. Isso ninguém pode negar. As
eleições de Lula e Dilma Rousseff aconteceram num clima de absoluta normalidade
e em nenhum momento a posse de Lula e Dilma foram ameaçadas. Mas, o comportamento
de enfrentamento da esquerda poderá radicalizar as posições do espectro da
direita. E isso representa uma séria ameaça para a democracia.
As diatribes da
família Bolsonaro não serão respaldadas pela população brasileira consciente e
responsável.
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