segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Não custa nada insistir na tese da concertação

 

O Brasil não é de hoje que anda vivendo momentos de muita turbulência, porque está mergulhado numa verdadeira onda de crises. Sendo cada crise pior do que a outra, o que está deixando os brasileiros aflitos, porque não sabem por onde começar para resolvê-las, todas.

Resolver os problemas do Brasil por uma reforma política é um bom começo, porque na raiz de todos os problemas brasileiros está a crise política, que só será resolvida através de uma profunda e radical reforma política com a aquiescência de todos os partidos. Uma reforma política que mude radicalmente o fazer político brasileiro, pois do contrário é chover no molhado.

Como o Brasil caminha celeremente em direção ao abismo, para o precipício, caso isso ocorra realmente, o que é muito provável, ninguém escapará ileso. Poucos sobreviverão a hecatombe que se avizinha. A quem interessa ao Brasil mergulhar de cabeça numa tragédia sem precedentes na nossa história? A ninguém, pelo menos às pessoas sensatas. Então, cabe as pessoas sensatas o dever patriótico de arregaçar as mangas e lutar para evitar uma tragédia anunciada.

A propósito, o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Mucio Monteiro, defendeu ontem num programa de entrevistas da BandNews, um amplo entendimento entre as lideranças políticas. Para esse ex-político, “é preciso deixar de lado as disputas que sempre tem como objetivo as eleições seguintes para que possamos enfrentar os problemas mais graves e que são de interesse coletivo. ”

No lugar da palavra entendimento coloque pacto, porque é de um pacto político que o Brasil está precisando neste momento. Um pacto político, inspirado no Pacto de Mocloa que foi um marco da redemocratização da Espanha. Um pacto que reuniu em torno de uma grande mesa, partidos de todos os matizes, políticos, trabalhadores e empresários. O pacto brasileiro pode ser muito mais abrangente e convocar representantes das Forças Armadas e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para referendar um pacto político que devolva aos brasileiros, a paz, a harmonia e concórdia.

O país em que ora vivemos é um país dividido e sem um líder capaz de promover a reconciliação, a pacificação e união nacional. Não necessariamente nesta ordem.  

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