sexta-feira, 14 de maio de 2021

Um livro para desconcertar e desconstruir o machismo que habita em nós, os homens

 

 

 



O livro a que se refere o título deste texto, é: “Nomear para combater” ou dando nomes aos bois, de autoria da escritora Nicole Aun

É inegável a importância do movimento feminista na luta das mulheres por direitos, numa sociedade em que o homem sempre ocupou um lugar de destaque, de mando e de superioridade sobre as mulheres. 

O movimento feminista que teve na romancista inglesa Virgínia Woolf, uma militante aguerrida, uma precursora do feminismo contemporâneo. Woolf que em muitos dos artigos que escreveu explorou sem igual a questão da mulher e o seu papel em uma sociedade dominada por homens, ideias que ajudaram a pavimentar o caminho do movimento feminista.

No Brasil, a educadora e escritora potiguar Nísia Floresta, é considerada a primeira das feministas brasileiras, publicando em 1832 o livro Direitos das mulheres e injustiças dos homens, e publicando artigos na imprensa e outros livros como Conselhos à minha filha (1842), Opúsculo humanitário (1853) e A mulher (1856).

Do que trata fundamentalmente o movimento feminista? O feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que têm como objetivo comum: defender direitos equânimes (iguais) e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação da mulher de padrões patriarcais, baseados em normas de gênero. O feminismo não é um movimento contra o homem, mas, contra todo tipo de opressão, impedimento, submissão, domesticação e ausência de liberdade e contra quem comete uma ação condenável.

O feminismo entre outras contribuições para a emancipação feminina, porque não dizer também, para a libertação feminina, contribuiu para acabar com a visão romântica da mulher na qual a dedicação à família e ao lar ainda é norteadora da trajetória feminina. Uma visão romântica da mulher sobre sua condição de mulher doméstica e domesticada. Uma visão edulcorada do universo feminino.

O feminismo sempre se apoiou numa educação libertadora e emancipadora que leva a mulher a despertar para uma nova consciência; a consciência de uma mulher nova, de uma mulher que não aceita mais ser vista como uma mulher de cama e mesa. Uma mulher que rejeita uma vida de confinamento no ambiente do lar e ser submetida a um plano secundário, seja no mundo corporativo ou mundo político.  

Não poderá haver no Brasil uma boa educação da mocidade, enquanto o sistema de nossa educação, quer doméstica, quer pública, não for radicalmente reformado [...] quanto mais ignorante é um povo, mais fácil é a um governo absoluto exercer sobre ele o seu ilimitado poder. ” (Nísia Floresta)

Eu sempre fui um homem feminista. ” (Severino Arouche)

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