As últimas pesquisas eleitorais vêm apontando a dissipação do capital eleitoral do presidente da república Jair Messias Bolsonaro, que foi eleito com uma montanha de votos, 57.797.847. Uma eleição que surpreendeu até os mais gabaritados analistas políticos e os institutos de pesquisas mais conceituados. Uma eleição que muitos atribuem ao ato insano do desequilibrado Adélio Bispo, que ninguém sabe ao certo qual a sua motivação, se de direita ou de esquerda. O que se sabe é que a facada desferida por Adélio Bispo, transformou Bolsonaro numa grande vítima, o que lhe permitiu eleger-se sem manter contatos físicos com o eleitor e sem fazer comícios e sem usar o palanque eletrônico.
Sem tempo de TV, candidato por um partido nanico e vítima de um atentado com faca no meio da campanha eleitoral. Nenhuma dessas adversidades foi capaz de impedir que Jair Bolsonaro (PSL) se elegesse o 38º presidente da República da história do Brasil. A eleição de Bolsonaro mudou a lógica de se fazer política no Brasil, porque sem marqueteiro, recursos, alianças relevantes e contando com uma estrutura improvisada, esse então deputado federal venceu candidatos de partidos bem estruturados e com capilaridade em todo território nacional.
Bolsonaro que em que pese ser um político com oito mandatos de deputado federal (com 27 anos de presença na Câmara Federal), se elegeu presidente da república com um discurso antipolítico, contra a velha política e prometendo, a exemplo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, um combate sem trégua contra os corruptos ou marajás. O que já passado mais de dois anos e meio de mandato se revelou uma fraude, porque Bolsonaro com medo de sofrer um impeachment, foi obrigado a cair de joelhos aos pés do centrão, um grupo formado por vários partidos, useiro e vezeiro na prática do fisiologismo político, na troca de favores e no toma lá dá cá.
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (5) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva liderando as intenções de voto para a Presidência da República. De acordo com o levantamento, o petista tem 41,3% do total, ante 26,6% de Jair Bolsonaro (sem partido).
Com apenas 26,6% das intenções de votos, Bolsonaro perde musculatura política e se essa disputa continuar polarizada e se não surgir um candidato que represente uma terceira com alguma chance, Lula vencerá Bolsonaro ainda no primeiro turno.
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