Para muitos cientistas sociais que estudam o crescimento da violência no país, a violência pode ser atribuída a quatro fatores especificamente: o aumento do desemprego, a superpopulação, a indústria da contravenção e aos salários aviltantes dos policiais militares e civis.
O Brasil se tornou no presente momento num dos países mais inseguros do mundo e certamente, o mais inseguro dentre as sociedades ocidentais contemporâneas. O colapso da segurança pública brasileira é consequência de uma longa estagnação econômica que vem desde duas décadas atrás.
Com a economia brasileira patinando, o que provoca a redução do número de vagas no mercado de trabalho e o aumento de brasileiros necessitando de um emprego formal, criou-se no país uma grave crise na segurança pública, devido ao crescimento da indústria da contravenção e a expansão do mercado de drogas ilícitas.
Com o vácuo deixado pelo governo oficial, o governo paralelo se instala nas grandes metrópoles, formando gigantescos anéis de marginalidade que afronta o nosso aparato policial, que espremido entre os baixos salários e ameaça do exército da contravenção - se sente impotente para agir e reagir na defesa da nossa sociedade que é quem lhes paga os salários.
Paralelo a isso, ainda existe uma extensa corrupção policial, notadamente no que se refere aos guardas dos presídios de segurança máxima, que transformam esses presídios em verdadeiras casas de hospedagem de criminosos. Por evidente, convém salientar que não são todos os policiais e agentes penitenciários que se deixam corromper. É preciso separar o bem do mal.
É preciso constatar, com absoluta objetividade, o completo fracasso do nosso atual sistema de segurança pública. Ante esse fracasso, insistir na manutenção do sistema vigente, sob a suposição de que poderá melhorar com a atribuição de maiores recursos, é simplesmente prorrogar e agravar a situação atual.
Respondendo à pergunta feita no título deste editorial: O que fazer? A unificação das polícias é um bom começo. Mas, Todas as vezes que se pensou em unificação das polícias civil e militar, se esbarrou no interesse corporativista dos oficiais, haja vista que estes não aceitam em perder o grau de autoridade que possuem, bem como as vantagens inerentes às suas patentes militares.
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