quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

A fome e a corrupção pautarão o debate político da campanha presidencial de 2022

 

 

O que falta é vontade política para mobilizar recursos a favor dos que têm fome. A fome é a expressão biológica de males sociológicos”.  (Josué de Castro)

A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa”. (Jô Soares)

Na campanha presidencial do próximo ano, o tema fome deverá ocupar o centro do debate político, vindo em segundo plano o tema corrupção. Nessa ordem! O tema corrupção passou para um segundo plano, haja vista, a fome ter voltado como um fantasma a assustar os brasileiros que habitam os rincões, o Brasil profundo e as periferias dos grandes centros urbanos. Nos grandes centros urbanos, lá onde à fome e a miséria são mais cruéis; lugares onde milhões de brasileiros além de passarem fome se abrigam das intempéries em barracos cobertos de papelão, lona e flandres. Lugares onde esgoto sanitário é luxo.

As propostas de erradicação da fome e do combate sem trégua contra à corrupção só fazem sentido se apresentados pelos pré-candidatos Moro e Simone Tebet, porque Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro foram incapazes de resolver esses dois graves e sérios problemas brasileiros. Sob os governos Lula e Dilma houveram avanços no combate à fome e a miséria, é verdade, mas os escândalos do Mensalão e do Petrolão, acabaram ofuscando o sucesso dos programas sociais petistas de combate à fome e a miséria. Nesse caso, os petistas destruíram com os pés o que construíram com as mãos, como se diz.

Outro assunto que deverá constar dos programas de governos de Sérgio Moro e Simone Tebet é o problema da moradia que nas campanhas anteriores nunca mereceram de parte dos candidatos uma atenção especial, embora esse seja um dos maiores problemas brasileiros. 

A precariedade nas moradias das famílias que ocupam áreas irregulares é evidente em várias regiões do país e não é pra menos. Fatores como desemprego, excesso de filhos e falta de perspectivas quanto ao futuro, levam as famílias pobres ao desespero, fazendo com que elas se instalem em terrenos impróprios e insalubres.

Esses três temas não deverão constar dos planos de governos de Lula e Bolsonaro, insistimos, porque eles já tiveram a oportunidade de resolve-los e pelo menos um, esse ex-presidente e o atual mandatário brasileiro foram omissos e até condescendentes: com uma corrupção que se alimenta e se reproduz em função da impunidade. 

O povo brasileiro apostou na mudança ao votar em Jair Messias Bolsonaro para presidente da república, o que acabou se revelando um fiasco e uma fraude, mas isso não é motivo suficiente para que o povo brasileiro desistir de investir em mudança, até que ele acerte, elegendo um presidente comprometido com o país e com a construção de uma nação decente e digna para todos.

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