quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Os jogadores ainda estão no aquecimento ou o jogo só acaba quando termina

O jogo só começa quando o arbitro apita. Esse negócio de um time comemorar a vitória antes do apito final, é arriscado, porque o treinador e os jogadores que comemoram a vitória antes do fim do jogo, poderão ser surpreendidos nos minutos finais do jogo. Sucede que a comemoração antes da hora, provoca nos jogadores que se julgam superiores, no decorrer da partida, apatia, desprezo e desinteresse pelo jogo e acabam perdendo no final.

Essa analogia com o futebol usada no início deste editorial se aplica a pré-campanha da eleição de 2022 que vem sendo liderada com folga pelo pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luís Inácio Lula da Silva, um político que segundo a justiça deste país foi o grande líder dos maiores escândalos que este país, já experimentou: o Mensalão e o Petrolão. O que nos leva a concluir que esses dois escândalos no fervor, na ebulição da campanha poderão fazer derreter a candidatura petista.   

Até aqui os adversários de Lula estão mais preocupados em irem para o segundo turno, daí os outros pré-candidatos não colocarem Lula nas suas alças de mira, por enquanto. No caso específico do ex-juiz federal Sérgio Moro, a sua preocupação nesta altura do campeonato é desconstruir Bolsonaro que aparece nas pesquisas imediatamente a sua frente. Isso no primeiro momento. No segundo momento, já com Bolsonaro fora de combate, Moro irá para cima de Lula da Silva e rasgará literalmente a fantasia de Lula de vestal da moralidade.

O jogo só acaba quando termina”. (Esta frase é do sábio Vicente Matheus, ex-presidente Corinthians). Moral da história: “quem corre cansa e quem anda alcança”. O corredor que começa uma longa jornada em disparada sem poupar energia acaba ficando pelo caminho, sem concluir o percurso.  

As sucessivas derrotas de Celso Russomano na disputa pela sucessão municipal da cidade São Paulo, exemplificam esse fenômeno que é começar uma pré-campanha e campanha de maneira avassaladora e na medida em que a campanha avança à candidatura perde folego e musculatura política.

As três derrotas sofridas por Celso Russomano na cidade de São Paulo em 2012, 2016 e 2020, após liderar com folga as pré-campanhas e até a metade das campanhas e não avançar para o segundo turno devem servir de exemplo e obrigar os marqueteiros políticos a nunca entrarem numa área de conforto.

Em tempo: A sucessão presidencial de 2022, passará necessariamente pelo debate sobre corrupção, prisão em segunda instância e o fim da impunidade. Quem viver verá!

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