Sucede que as nossas autoridades
públicas percebem em cada situação, uma oportunidade para autopromover-se. E
como isso acontece? Na medida em que elas usam fazer estardalhaço ao abordarem assuntos que são considerados graves,
como por exemplo, o que o povo brasileiro está vivendo no presente momento com
a tragédia do coronavírus.
É por demais evidente que a
situação que este país e os estados estão enfrentando é muito séria e exige a participação
de bons timoneiros na condução de uma tragédia que já provocou a morte de quase
duas mil pessoas.
Quando destacamos o papel da autoridade
que semeia pânico ao invés de emitir
mensagens que tranquilize a população, o fazemos por percebermos sem grandes
esforços que a começar pelo presidente da república, as nossas principais
autoridades vêm politizando uma questão que de tão séria e preocupante não
comporta vaidades, projetos políticos e tentativa da autoridade em questão, querer
passar para a população uma áurea messiânica (uma coisa magnífica, valiosa, brilhante),
própria do messias, um ser com poderes sobrenaturais. O que no plano terrestre
não existe e quem se arvorar de ter essa áurea é uma fraude, alguém que de
maneira ardilosa tenta de todas as maneiras enganar o povo.
O político sério num momento como
este de extrema gravidade, deve agir com discrição,
prudência, moderação e ponderação, em suma: com espírito público, sem
nenhuma conotação de vaidade, publicidade e promoção pessoal.
Divulgar dados é uma coisa, agora fazê-lo
com espalhafato, visando chamar a atenção
para si é uma atitude irresponsável, o que não condiz com o comportamento de um
verdadeiro líder.
Querem um exemplo concreto de espalhafato? Divulgar com sensacionalismo
o registro de uma morte por coronavírus no estado ou município e o aumento de
casos de pessoas infectadas. Isso aumenta o clima de pânico na população, o que
acaba sendo mais grave do que o próprio Covid-19. A propósito: divulgar dados estatísticos
da pandemia não cabe ao governador.
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