terça-feira, 14 de abril de 2020

As nossas autoridades na ânsia de se promoverem acabam semeando o pânico


Sucede que as nossas autoridades públicas percebem em cada situação, uma oportunidade para autopromover-se. E como isso acontece? Na medida em que elas usam fazer estardalhaço ao abordarem assuntos que são considerados graves, como por exemplo, o que o povo brasileiro está vivendo no presente momento com a tragédia do coronavírus. 

É por demais evidente que a situação que este país e os estados estão enfrentando é muito séria e exige a participação de bons timoneiros na condução de uma tragédia que já provocou a morte de quase duas mil pessoas.

Quando destacamos o papel da autoridade que semeia pânico ao invés de emitir mensagens que tranquilize a população, o fazemos por percebermos sem grandes esforços que a começar pelo presidente da república, as nossas principais autoridades vêm politizando uma questão que de tão séria e preocupante não comporta vaidades, projetos políticos e tentativa da autoridade em questão, querer passar para a população uma áurea messiânica (uma coisa magnífica, valiosa, brilhante), própria do messias, um ser com poderes sobrenaturais. O que no plano terrestre não existe e quem se arvorar de ter essa áurea é uma fraude, alguém que de maneira ardilosa tenta de todas as maneiras enganar o povo.

O político sério num momento como este de extrema gravidade, deve agir com discrição, prudência, moderação e ponderação, em suma: com espírito público, sem nenhuma conotação de vaidade, publicidade e promoção pessoal.  

Divulgar dados é uma coisa, agora fazê-lo com espalhafato, visando chamar a atenção para si é uma atitude irresponsável, o que não condiz com o comportamento de um verdadeiro líder.   

Querem um exemplo concreto de espalhafato? Divulgar com sensacionalismo o registro de uma morte por coronavírus no estado ou município e o aumento de casos de pessoas infectadas. Isso aumenta o clima de pânico na população, o que acaba sendo mais grave do que o próprio Covid-19. A propósito: divulgar dados estatísticos da pandemia não cabe ao governador.

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