O impermanente, o transitório, o
provisório e o nada.
Somos também uma ilusão que
criamos em cima de uma eternidade que nunca se cumprirá.
Movidos por uma quase certeza de
que somos imortais, eternos como areia, como o barro que a bíblia de maneira
mentirosa e leviana nos faz acreditar que fomos gerados.
As nossas vidas não passam de
quimeras, da doce ilusão de que nós herdaremos o paraíso celestial, desde é
claro, que sejamos humildes (porque só os
humildes herdarão o reino dos céus), obedientes e que obedeçamos sempre às
vontades de um deus que não tolera rebeldes, contestadores e questionadores. Um
deus que exige submissão e subserviência em troca de uma promessa vã de que
seremos todos recompensados com um lugar ao seu lado - no paraíso. Um lugar
onde não existirá dor, sofrimento, miséria e pobreza.
Para herdar o reino da glória, a
condição sine qua non para o
pretendente a um lugar no paraíso celestial é a de que os impuros se purifiquem
através do sangue do cordeiro, com um comportamento servil, humilde e
despersonalizado. O comportamento de uma ameba.
Irwing Maranhão
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