Só que a nossa realidade é
absurdamente diferente, isso dito com base no comportamento da economia mundial,
que segundo fontes do Fundo Monetário Internacional (FMI), aponta para uma
recessão igual ou pior que a verificada na Grande Depressão - que começou no
ano de 1929 e que persistiu até o ano de 1930. Um país com quase 50 milhões de
desempregados formais, não é absolutamente um Mar de Rosas, muito pelo
contrário, é um país que vive o seu pior momento nas suas últimas quatro
décadas.
Já dissemos aqui neste espaço que
o otimismo e os números com que o ministro da Economia, Paulo Guedes trabalha é
deveras compreensível do ponto de vista dele, porque incompreensível seria ele
trabalhar com uma realidade bem diferente daquilo que ele insiste em querer nos
convencer. O seu otimismo é uma tentativa de manter a moral do seu governo
elevada e impedir que o pânico que já está instalado no país em função do
Covid-19 amplie-se e que paralise ainda mais este país.
No dia de ontem (29), as presenças
do ministro da Economia, Paulo Guedes e do chefe da Casa Civil, general Braga
Neto nas principais redes de televisão para dizerem que não existe ou existiu
um estresse entre esses dois ministros não convenceu ninguém, uma vez que
quando não existe um clima de tensão entre ministros de um mesmo governo, não
há razão para uma justificativa tão longa.
Raciocinemos: se a maior economia
mundial registrou uma queda de 4,8% no primeiro
trimestre de 2020, em decorrência da aplicação de medidas de isolamento social
para conter o avanço da pandemia de Covid-19, o que podemos esperar da economia
de um país emergente como o Brasil? Um cenário três vezes pior, porque o Brasil,
como insistimos sempre em dizer, é um país completamente dependente da
exportação de matérias primas, o que não nos favorece num momento em que os
maiores compradores das nossas commodities estão reduzindo as suas compras.
Quem teve a oportunidade
acompanhar a coletiva de imprensa dos ministros Guedes e Braga Neto, percebeu
claramente que as suas presenças na televisão foram uma tentativa de impedir o
alastramento de um incêndio que ameaça um governo que vive batendo cabeça, que
perde apoio popular a cada dia e que está vendo sua base de apoio sendo
deteriorada.
Em tempo: a criação frustrada do
programa Pró-Brasil de iniciativa do chefe da Casa Civil, general Braga Neto foi
uma tentativa desse ministério de tentar destravar a economia brasileira, assim
como fez Lula com o seu Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
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