O racismo estrutural tem que ser colocado na ordem do dia para que o Brasil recupere o tempo que levou escondendo um racismo por demais evidente e que é muito mais absurdo, grotesco e infame do que o racismo dos supremascistas brancos dos EUA. O debate sobre o racismo do Brasil deve ser ampliado e levado para todos os estados brasileiros. Chega de maquiar essa infâmia.
As novas gerações de brasileiros da raça negra, não contam com faróis que lhes ilumine o caminho. Não tem em quem se espelhar, quem admirar, porque os negros brasileiros, que por obra do acaso venceram o determinismo histórico, não assumem as causas e as dores da raça negra. Alguns deles, nem se assumem como sendo negros, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno nos EUA é considerado negro pela cor da sua pele e o seu cabelo pixaim, não se considera negro. Negros bem-sucedidos como o ex-jogador Edson Arantes do Nascimento (Pelé) e o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, não são negros de levantar bandeiras contra o racismo estrutural e sequer tocam nesse assunto. A negritude para eles é indiferente.
Ao contrário dos EUA onde um afrodescendente já ocupou a Casa Branca como presidente e uma mulher negra acaba de ser empossada como vice-presidente, no Brasil, o negro só ocupa posto de general em banda de música e nos desfiles carnavalescos. Na Suprema Corte, por exemplo, não existe nenhum negro num colegiado formado 11 ministros. No ministério do governo de Jair Messias Bolsonaro não existe um negro sequer.
No governo de Joe Biden, o secretário de defesa é um general negro. No ato de posse de Joe Biden e Kamala Harris, Amanda Gorman, uma jovem negra de 22 anos, formada em sociologia pela Universidade de Harvard declamou um poema de sua autoria e sonha em ser presidenta. Nesse novo governo dos EUA, o que tem de afrodescendente é uma festa no bom sentido, é claro.
Sugiro a leitura do livro Racismo Estrutural do advogado Sílvio Almeida.
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