O bom filho à casa torna
Ednardo canta João do Vale
Eu vou contar, seu moço, por que deixei meu sertão
Não foi por falta de inverno, não foi pra fazer baião
Não foi por falta de inverno, não foi pra fazer baião
É que todo sertanejo sempre tem essa ilusão
Conhecer cidade grande, põe nas costas um matulão
Pensa que cá na cidade não existe exploração
Óia os bens que eu deixei, um roçado de algodão
Bem cheinho de mandioca, de arroz e de feijão
Mas também só na mulher é que eu não tinha sócio não
Acontece é que vi tudo, arranha-céu, muita grandeza
Móio de ferro voando, remexendo a natureza
Mas o cheirim do mato verde para mim tem mais beleza
Ai, meu Deus, quanta saudade do Lachinha e do Sané
Do De Ouro, do Leipinha, João Piston, de Rafaé
Esmagado, Garrinchinha são meus amigos de fé
Essa água dos meus óio algum dia vai parar
O bom filho volta a casa, por isso eu vou voltar
Eu já vi ditado certo, pra aprender tem que apanhar
Graças a Deus que eu tenho quem me protege no mundo
São José de Ribamar, em Vargem Grande São Raimundo
São José de Ribamar, em Vargem Grande São Raimundo
Acontece é que vi tudo, arranha-céu, muita grandeza
Móio de ferro voando, remexendo a natureza
Mas o cheirim do mato verde para mim tem mais beleza
Essa água dos meus óio algum dia vai parar
O bom filho volta a casa, por isso eu vou voltar
O bom filho volta a casa, por isso eu vou voltar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário