O idoso caminha pelas ruas de calçamentos irregulares do seu bairro. Com seu olhar mortiço ele segue em frente. Caminha como quem anda sem destino, porque sem um objetivo definido. O nosso idoso caminha para ver o tempo passar e fugir um pouco do isolamento a que foi relegado.
No seu caminhar incerto e como pêndulo, o idoso caminha conduzindo sonhos, frustrações, decepções, medo, dissabores, abandono, isolamento; a ausência de tesão, a permanente sensação de finitude, uma certa urgência em realizar o que ainda lhe é permitido fazer.
A velhice além das limitações físicas, ela produz limitações intelectuais, porque a sua mente é pouco exigida e pouco utilizada. Para o idoso que tem o hábito da leitura, a vida é menos enfadonha, entediante, monótona e tediosa.
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