Quem ganha com isso? Com absoluta certeza não somos nós!
Diariamente eu só ouço e vejo nos canais de televisão, nos jornais impressos e nas emissoras de rádio, anúncios de shows em nosso estado e municípios-, via de regra, com bandas sertanejas que não acrescentam nada à nossa cultura. Muito pelo contrário, a empobrece ainda mais. Shows com bandas de músicas sertaneja, de pagode e de forró estilizado. Bandas oriundas dos estados de Goiás, Bahia e Ceará. Essa profusão de shows que acontece quase que diariamente no nosso estado, acaba produzindo uma verdadeira sangria na economia de um Estado, cujo maior empregador continua sendo o próprio Estado e os municípios, vindo em terceiro lugar, o grupo Claudino, insisto em dizer.
O que o Estado do Piauí ganha com isso? Nada, absolutamente nada! Pois toda vez que esses grupos musicais e cantores se apresentam neste Estado, o dinheiro ao invés de entrar, ele sai. Quem ganha na realidade com esses shows, são os empresários que na sua maioria, são de outros estados.
E o que é mais grave ainda nessa história toda, é a contribuição negativa de uma cultura musical de péssima qualidade para um Estado que ainda não tem uma formação cultural sólida, sujeita, portanto, a sofrer a influência de culturas musicais pobres, como as exportadas pelos estados de Goiás, Bahia e Ceará. Aqui cabe uma ressalva: a cultura baiana pobre a que me refiro são os ritmos pagode e similares.
O estado do Piauí, como um estado, cuja cultura é ainda muita fraca e incipiente e que por sofrer uma forte influência dos estados do Maranhão e Bahia, precisa criar barreiras para proteger o seu mercado de música de uma invasão bárbara, predadora e destruidora. Se o estado do Piauí, pelo menos absorvesse a influência da parte boa das culturas do Maranhão e Bahia, ainda se poderia aceitar, seria tolerável, mas o que o nosso estado ganha em termos culturais com o sertanejo universitário, o forró e o pagode? Patavina, coisa nenhuma!
Querem um exemplo concreto da nossa pobreza cultural? Pois vamos a ela: a música produzida, por exemplo em São Raimundo Nonato e região, sequer ultrapassa os limites do nosso município. Uma pergunta que não quer calar: qual dos nossos excelentes músicos (Duduca Moura, Tita e Gerson Pereira) é convidado para se apresentar no vizinho município de Remanso, Campo Alegre de Lourdes e Casanova? Nenhum, porque os nossos músicos, cantores e compositores não são conhecidos.
Cultura é uma política de estado. Daí a importância de os governantes criarem barreiras de proteção da invasão de culturas estranhas, vindas de outros estados. Algumas delas, tão pobre como a nossa ou até pior, como a cultura produzida pelo estado de Goiás.
A corrida sucessória municipal em Teresina já começou
Faltando dois anos e quase meio para as eleições municipais de 2024, mas nos municípios os políticos já começam a se movimentar e se articular com vistas as sucessões municipais.
O prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) surpreendeu o público presente numa reunião política do candidato a deputado estadual, Jeová Alencar (Republicanos), quando no meio do seu discurso, o prefeito lançou Jeová como candidato a prefeito.
O público presente e o próprio Jeová foram surpreendidos. A declaração do prefeito veio depois que ele chegou a convidar em outra oportunidade, Jeová Alencar para ser candidato a vice numa eventual chapa em 2024.
No município de São Raimundo Nonato, embora ainda não se discuta publicamente o assunto eleição municipal, mas nos bastidores é só o que os políticos comentam. Já até se fala em nomes de prováveis candidatos por esse ou aquele partido. O ano 2024, já começou!
A quem interessa essa enxurrada de pesquisas?
O eleitor brasileiro está vacinado contra pesquisas contratadas por confederações e grupos financeiros. Uma pergunta que não se cala: qual o interesse que move ou que está por trás das Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do grupo financeiro XP Investimentos? Elementar meu caro Watson! Interesses corporativos. A propósito, o interesse que move as pesquisas contratadas pelas emissoras de televisão é a liderança de audiência, porque toda vez que uma emissora anuncia a divulgação de uma nova pesquisa eleitoral, a audiência da emissora contratante aumenta no mínimo cinco pontos na sua audiência. Já, a pesquisa contratada por uma confederação ou um grupo financeiro é o tipo de pesquisa à L Carte, ao gosto do freguês ou contratante. Difícil é provar o contrário.
Frase do Dia
”valorizar à nossa cultura é fundamentalmente prestigiar os nossos artistas (músicos, cantores, compositores, artistas plásticos e artesãos). (Tomazia Arouche)
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