Dois anos após a descoberta dos fósseis, pesquisadores do Maranhão confirmam o reconhecimento de uma nova espécie de animal pré-histórico. Trata-se de uma forma de raia espadarte, animal marinho com cerca de dois metros de comprimento e alimentação provavelmente baseada em pequenos peixes. Estima-se que o animal habitou o litoral do Maranhão há 95 milhões de anos. Dentro de dois anos deveremos publicar o nome da nova espécie em artigo científico. Falta ainda definir qual o periódico, explica Manuel Alfredo Araújo Medeiros, do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Raia Espadarte, como foi batizada pelos pesquisadores, ganhou este nome por causa de uma cartilagem crescida, que lembra uma espada.
Martelos e pinça cirúrgica. O trabalho dedicado a encontrar pequenos fragmentos de vidas passadas é minucioso. “Sempre pode ter algo novo, então a gente tem que ficar com os olhos bem atentos porque de repente pode ser uma grande descoberta”, disse o pesquisador Rafael Lindoso.
A Ilha do Cajual, a 25 quilômetros de São Luís, esconde por trás de paredões de rochas e embaixo da areia da praia, fósseis de animais e plantas de quase 100 milhões de anos.
Para nós, cientistas, é muito gratificante chegar aqui, identificar o fóssil, coletar, levar para o laboratório e chegar à conclusão que são espécies novas e bichos que não existem em outro lugar, disse a pesquisadora Annie Hsiou.
Foi numa destas escavações que veio a surpresa. A descoberta mais recente dos cientistas é um peixe que só foi encontrado, por enquanto, aqui no Brasil. É a primeira vez que os paleontólogos apresentam a novidade. Pela conclusão dos pesquisadores da França e Estados Unidos, a raia gigante viveu nesta região do Brasil há mais de 95 milhões de anos.
A réplica da espécie está no Museu de História Natural do Maranhão. Nos próximos meses, a novidade vai se espalhar pelo mundo. Revistas especializadas no assunto vão publicar a descoberta dos pesquisadores brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário