Na segunda maior economia do mundo a crise financeira que começou nos EUA está obrigando mais de 20 milhões de chineses a retornarem ao campo, após terem migrado para os grandes centros urbanos, fugindo das condições precárias de vida nas pequenas cidades, nas vilas e na zonal rural. Esse é o reflexo mais cruel dessa crise financeira que acabou contaminandoa economia real e já se alastrou pelo resto do mundo.
Se essa crise que já fez milhões de desempregados no mundo inteiro, continuar ainda por um tempo razoavelmente longo, o que obrigará a Republica Popular da China a desacelerar a sua economia, os efeitos dessa desaceleração se farão sentir imediatamente em todo o Planeta, haja vista, a China depois dos EUA, ser o maior mercado consumidor. Em outras palavras: isso representará o desemprego em maior escala nas economias emergentes, que vivem basicamente da exportação de commodities (matérias primas).
Os efeitos dessa crise mundial já está se refletindo no Brasil, sobretudo nos estados grandes produtores de aço e alumínio, alimentos onde empresas como a Usiminas, Vale e a Sadia, já demitiram milhares de trabalhadores.
Ao trabalhador que migra internamente, diante do desemprego, só lhe resta duas opções: continuar inchando as periferias das grandes cidades ou retornar a sua terra natal. A segunda opção é a menos recorrente, com o ex-trabalhador optando na sua grande maioria por ficar na cidade grande, porque onde ele mesmo tendo uma vida difícil, a miséria no seu entendimento é muito mais suportável.
Como conseqüência dessa opção do trabalhador por permanecer na cidade, cresce a violência e a miséria se multiplica.
Em Tempo:
O município de Timon que as autoridades de saúde e da educação de Teresina, responsabilizam pelo precarização desses serviços no seu município, acaba na realidade, sendo a grande vítima dessa história, uma vez que 70% da população timonense é formada por piauienses que migraram do interior para a capital do seu do Estado e ao se depararem com o custo de vida muito elevado da capital, com relação ao seu lugar de origem, optaram por morar na vizinha cidade maranhense. Em Timon, água é muito mais barata, o preço dos imóveis idem, e o deslocamento de Timon para Teresina ou vice-versa, é muito mais fácil - com o trabalhador podendo se deslocar de bicicleta ou até mesmo de pés, entre essas duas cidades. (Leão Arouche Neto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário