segunda-feira, 23 de março de 2009

De estado paupérrimo para um estado rumo ao desenvolvimento

O Estado do Ceará, reconhecido em todo Brasil, até a década de 60, como sendo o maior exportador de miseráveis e desvalidos, em apenas três décadas, passou a ser visto como um estado em pleno desenvolvimento. É que o Estado do Ceará, além de ser um dos estados nordestinos mais atingidos pela seca, também era vítima da política dos coronéis.

O Estado do Maranhão, fora o Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro, era o estado que mais recebia retirantes cearenses, que procuravam esse estado, que é meio nordeste e meio norte, por apresentar características dessas duas regiões. Costumava-se dizer em São Luís, a titulo de gozação com os cearenses, que de cada dez pessoas que você encontrava nas regiões do mearim e pindaré, 11 eram cearenses.

Naquele tempo, o Maranhão era visto pelos nordestinos, como a terra prometida, por ser esse estado, o mais rico do nordeste em água, pois segundo o IBGE, o Maranhão detém 40% de toda água em solo nordestino.

Mas, com a eleição de um jovem empresário cearense, Tasso Jereissati (que talvez nem tenha nascido no Ceará, porque até bem pouco tempo, filho de político nordestino ou nascia no Rio de Janeiro ou São Paulo), após ser criado um fórum de discussão permanente no Centro Industrial do Ceará (CIC), com a ajuda do então governador Luiz Gonzaga Motta, esse estado começou a deslanchar rumo ao desenvolvimento.

Um estado antes reconhecido como o maior exportador de miseráveis e indigentes, conseguiu mudar a sua triste sina, passando num curto espaço de tempo, de uma condição humilhante perante o país, para uma condição de respeito e admiração.

Neste final de semana, a revista Veja e o jornal folha de São Paulo, estão repletos de publicidade do Estado do Ceará. É claro que toda publicidade enfeita o pavão alem da conta, mas essa, sem comprometer a realidade cearense.

Esse exemplo vindo do Ceará, não foi imitado ou copiado pelos demais estados nordestinos, infelizmente, o que muito poderia contribuir para que estados como o Maranhão e Piauí, se libertassem de uma classe política retrógrada e perversa, que usa a humildade e a ingenuidade de um povo, para se perpetuar no poder. Nesse aspecto, o Estado do Piauí, avançou mais do que o Maranhão, por ter se renovado politicamente.

A indústria cultural do Ceará, também acompanhou o desenvolvimento desse estado verificado em outras áreas. A industria musical/cultural cearense é ruim para os outros estados nordestinos, por ser de péssima qualidade, mas atende aos interesses do estado. A culpa não é deles, é nossa. (Leão Arouche Neto)

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