por Thiago Faria
A atuação da Justiça Eleitoral em relação ao uso da máquina pública em campanhas eleitorais deveria acontecer antes, e não depois. Esta é opinião do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que criticou nesta sexta-feira as recentes cassações de mandatos dos governadores Cássio Cunha Lima (PSDB), na Paraíba, e Jackson Lago (PDT), no Maranhão.
"Eu acho que deveriam coibir os abusos que estão em marcha já, para evitar que no ano que vem, de novo, venham pleitear a anulação do mandato. Porque um ano ou dois anos depois que alguém está exercendo o mandato o tribunal tira o mandato e faz ainda quem perde substitua quem ganha, a legitimidade disto fica muito tênue", afirmou FHC.
Seu partido, o PSDB, e o DEM são autores de uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) por campanha antecipada. A reclamação é de que eles usaram encontro de prefeitos em Brasília para divulgar a pré-candidatura da ministra à Presidência da República.
"O que precisa primeiro é coibir durante o processo, evitar, como desde já há reclamações de uso [da máquina pública], de uma eleição que vai ser daqui um ano e meio", afirma o ex-presidente.
Segundo FHC, no caso de cassações de quem já exerce o cargo, seria necessário uma nova eleição. "Não tem sentido isso de que quem perdeu ganhe, tem que fazer uma nova eleição.")Folha Online)
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