O PT, quem diria, acabou nos braços da turma que ele sempre combateu. Quem vê juntos numa mesma roda, Lula, Dilma, Sarney, Collor, Renan, Eduardo Suplicy, Agripino Maia e Heráclito Fortes, não consegue entender como um partido que sempre pregou a ética na politica, possa se juntar e conviver com políticos que representam o que de mais atrasado existe na politica brasileira.
O poder está mais do que provado, corrompe, faz com que as pessoas mudem de idéias e de turma. E é essa desfaçatez que me leva a desconfiar de ex-guerrilheiros, ex-sindicalistas, ex-isso e ex-aquilo, pois são essas mudanças de comportamento e de atitudes que acabam nivelando todos os políticos por baixo; os tornando iguais e semelhantes.
E ai vem aquele fulano de tal se arvorando de revolucionário e aqueles que têm até o desplante de reivindicarem uma indenização por terem "combatido" a ditadura. Para mim só foi e é revolucionário, aquele que morreu sob o peso da tortura; porque os que permanecem vivos, acabaram amolecendo ou colaborando com o regime, para livrarem as suas peles, porque ninguém resiste a tortura. "Sob tortura toda carne se trai", não sei a autoria dessa frase, mas ela expressa a verdade.
Alguem admitir que delatou os companheiros por não suportar as sessões intermináveis de tortura, é mais honesto do que sair por ai pousando de herói, quando todo mundo sabe, que na hora "agá", "neguinho" traiu os seus companheiros.
Muitos deles, sob os efeitos da síndrome de Estocolmo, hoje se tornaram amigos e fiéis companheiros dos torturadores e os mandantes. No Brasil, o grupo de seguidores de Joaquim Silvério dos Reis é maior do que o dos seguidores de Frei Caneca; esse sim, o nosso verdadeiro herói nacional.
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