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O PSDB apresentou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recurso em que pede a cassação do recém-empossado governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB-PB) e de seu vice, Luciano Cartaxo Pires. Maranhão foi empossado em fevereiro deste ano após o então governador, Cássio Cunha Lima (PSDB), ter o mandato cassado pelo TSE.
No pedido de cassação, apresentado pelo senador Cícero de Lucena Filho (PSDB-PB), o partido alega que Maranhão foi beneficiado por interferência dos veículos de comunicação ligados ao seu suplente no Senado, Roberto Cavalcanti (PRB-PB).
De acordo com o recurso contra a expedição do diploma de governador, Cavalcanti estava interessado na vaga no Senado e, para isso, teria colocado a serviço da campanha de Maranhão "todo o sistema de comunicação que possui".
Segundo o senador tucano, Cavalcanti é proprietário do principal jornal do Estado (Correio da Paraíba), da Rede Correio de Televisão (afiliada à Record nacional) e de emissoras de rádio. "Veículos de comunicação com largo alcance e grande audiência em toda Paraíba", afirma Cícero Lucena.
Outro lado
O secretário estadual da Casa Civil do governo Maranhão, José Roberto Porto, rebate as acusações e nega que Cavalcanti tenha influenciado nos veículos de comunicação citados.
"O Roberto Cavalcanti não é acionista das rede de comunicação, dessas empresas, há cerca de dez anos. Quanto ao jornal, durante toda a campanha noticiou jornalisticamente os acontecimentos da campanha eleitoral, enfocando os acontecimento do Cássio Cunha Lima e do José Maranhão de forma equitativa. Quem fizer uma pesquisa nos jornais verá que ele foi pautado pela isonomia", afirma o secretário.
Em Tempo:
Não existe no Brasil, nenhum político que tenha sido eleito sem gastar muito dinheiro. Quem está no poder e vai para uma reeleição, sobretudo, porque existem mil artifícios para burlar a lei. Partindo-se desse principio, todos os políticos devem ser cassados. Cassar determinado mandato e deixar os outros sem punição, é bem a cara do Brasil. (DS)
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