terça-feira, 17 de março de 2009

O Filósofo Raimundo Teixeira Mendes

Filósofo e matemático brasileiro nascido em Caxias, MA, autor do dístico Ordem e Progresso da bandeira brasileira. Órfão de pai muito cedo, cresceu sob uma forte influência católica da mãe. Foi para o Rio de Janeiro estudar num colégio de jesuítas e depois no Pedro II, onde passou a se interessar por matemática e filosofia positivista. Defensor das idéias republicanas, ingressou na Escola Central, depois Escola Nacional de Engenharia, mas interrompeu os estudos devido a uma divergência com seu diretor, o visconde do Rio Branco, e concluiu o curso em Paris. Divulgador das teorias de Augusto Comte no Brasil, na capital francesa fundou o primeiro templo da Religião da Humanidade, na casa em que morreu Clotilde de Vaux, companheira de Comte. De volta ao Rio de Janeiro, onde se radicou definitivamente, estudou medicina, mas não concluiu o curso superior. Publicou vários livros, entre eles A propósito da liberdade dos cultos (1888), a política positivista e o regulamento das escolas dos exércitos (1890), A comemoração cívica de Benjamin Constant e a liberdade religiosa (1892), A liberdade espiritual e a organização do trabalho (1902) e A diplomacia e a regeneração social (1908), e morreu no Rio de Janeiro, em 28 de junho (1927).

O principal idealizador da bandeira pós-república foi Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil, com colaboração de Miguel Lemos e Manuel Pereira Reis. O atual formato foi basicamente uma atualização da Bandeira Imperial, substituindo-se a esfera armilar da monarquia pelo círculo azul, com a faixa branca e os dizeres ORDEM E PROGRESSO, escritos em letras maiúsculas e de cor verde, inspirados no lema "O Amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim" do filósofo positivista francês Auguste Comte, maior expoente desta escola filosófica.

O projeto da Bandeira Brasileira, de autoria de Raimundo Teixeira Mendes, assessorado pelo astrônomo Manuel Pereira Reis e pelo pintor Décio Vilares, foi inspirado na bandeira do império, que havia sido desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret.
O dístico positivista “ Ordem e Progresso” foi sugerido por Benjamim Constant a Teixeira Mendes, que na íntegra expressava “ O amar por princípio, a ordem por base, o progresso por fim”.
As constelações da bandeira correspondem ao aspecto do céu, na Cidade do Rio de Janeiro, do dia 15 de novembro de 1889, vista fora da esfera celeste.

Neste nosso pavilhão idealizado, por um cientista social, Teixeira Mendes, o céu no seu conjunto estrelado, representa a convergência de sentimentos, de pensamentos e atos para uma unidade, de parte da Alma de cada um; e as estrelas , na sua disposição e disparidade exprimem o principio da autonomia sagrada, dos elementos confederados, que cada uma representa objetivamente.


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