quarta-feira, 18 de março de 2009

Roberth Rios e Mão Santa estão jogando prá torcida

Nos momentos que antecedem a uma eleição, qualquer motivo é motivo para se alimentar uma polêmica. O secretário de segurança, Roberth Rios, candidato declarado ao Senado, usa a mídia para se promover, mesmo sem ter nada que justifique. Se surge alguém para polemizar com ele, ai ele arma o circo e haja platéia para aturá-lo.

O senador Mão Santa, preocupado com a sua reeleição, inclusive pela provável candidatura do ex-delegado da Polícia Federal, resolveu entrar no jogo do secretário e passou a criticar abertamente a segurança pública do Estado Piauí. Era tudo que o Roberth Rios queria para se projetar ainda mais na cena politica piauiense.

Hoje mesmo, ele levou mais de 15 minutos numa emissora de televisão local, só para rebater as criticas feitas pelo senador. Nessa sua entrevista, o secretário de segurança, na realidade não concedeu uma entrevista, fez um discurso defendendo a sua pasta e aproveitou a oportunidade para desancar o Mão Santa, que convenhamos, não tem a mesma verve e a mesma "ira santa" do ex-policial.

O secretário Roberth Rios, tem a seu favor nessa contenda, um discurso inflamado, onde ele encarna a figura do defensor da sociedade, dando a nítida impressão, em alguns momentos de que tem independência política, tem autonomia de vôo e firme convicção sobre o que diz. Observem que eu disse que ele passa a impressão, não afirmei que ele transmite confiança naquilo que vocifera.

Já o senador Mão Santa (PMDB-PI), de tanto usar da demagogia, acabou caindo no descrédito perante o eleitorado piauiense. Até mesmo as citações bíblicas que ele costuma permear os seus discursos na tribuna, nos palanques e ao conceder entrevistas, não conseguem mais sensibilizar, tocar o povo piauiense. Até aquela sua celebre frase, "Meu Piauíííí", não tem mais, o mesmo efeito de antes.

Se existe uma coisa que o eleitor não perdoa, é a demagogia. Ela pode até funcionar por algum tempo, mas a partir do momento em que o eleitor descobre a fraude e a farsa - está decretado o fim da carreira política do impostor.

O Estado do Piauí, um dos mais politizados do Brasil, não tolera mais o político clássico, do tipo que acha que ele é esperto o suficiente para mentir e convencer aqueles que ainda dispensam algum tempo para ouvi-lo. O Piauí, sempre praticou a alternância de poder, o que na região Nordeste é uma raridade.

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