
O rio canta para a pedra
Beijei a pedraem seu sonho gelado
porque eu sou o cântico e ela, o silêncio,
porque ela é o enigma e eu quem o propõe,
porque ambos fomos talhados da mesma eternidade.
Beijei a pedra, sua carne solitária,
ela é jura de fidelidade e eu o infiel.
Eu sou o efêmero e ela o permanente,
ela, o segrêdo da criação, - eu, sua revelação.
Eu vi que tocava no coração do mistério:
eu sou a poeta e ela é o universo.
Cecília Meireles - foi uma poeta brasileira. Bela e romântica.
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