

Lídice: "Foi ai onde eu enterrei o meu coração na curva do rio". Essa frase me faz lembrar a música homônima de Elomar Figueira de Melo, "Na Curva do Rio".
Situado no quilômetro 50 da RJ-155 e da ferrovia que liga Angra dos Reis ao Sul do estado de Minas Gerais (da qual era uma das estações), recebeu esse nome em 1944 em homenagem à vila tcheca que durante a Segunda Guerra Mundial foi vítima de um massacre de toda sua população pelos nazistas.
A explicação é histórica: os moradores da Lídice original, na República Tcheca, eram suspeitos de abrigar os assassinos de um general de Hitler, comandante SS Reinhard Heydrich, morto num atentado em Praga em 1942. O líder nazista, entre outros atos de vingança contra a população civil tcheca, mandou fuzilar todos os homens da cidade maiores de 15 anos, encaminhou as mulheres para o campo de concentração de Ravensbruck e as crianças para reformatórios. Não contente, mudou o curso do rio e aterrou a cidade, que sumiu do mapa.
Os países aliados então decidiram homenagear as vítimas, dando o nome de Lídice a uma cidade. A brasileira - antiga Santo Antônio do Capivari, a cerca de 40 quilômetros de Angra dos Reis - abriga sinais dessa história, como a estátua de uma Fênix (a mitológica ave que renasce das cinzas) na praça central. No seu Centro Cultural há marionetes tradicionais da República Tcheca, quadros e exposições sobre o país do Leste Europeu.
Existe atualmente uma página oficial da cidade que possui mais informações a respeito da história daquela localidade, além de dados de como chegar. O site faz referência ao nome da cidade enfocando a exitência de uma Lídice no Brasil.
Atualmente tem uma população de 4.928 habitantes (est. 2000), segundo dados da Prefeitura de Rio Claro, e vem se desenvolvendo com o passar do tempo principalmente devido a ser uma das paradas para os veranistas que vão do Vale do Paraíba Fluminense para as cidades ao litoral sul-fluminense.
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