Seria cômico se não fosse triste

O Congresso Nacional, que reúne a Câmara Federal e o Senado, deveria ser extinto, porque além de não contribuir para o aperfeiçoamento democrático do país, uma vez que nem a reforma política ele ainda não fez, e ainda por cima, a maioria dos seus integrantes, vive a se locupletar com o dinheiro público. Vejam só, o caso das passagens áreas.

Como se não bastasse só essa onda de escândalos que nos últimos meses vem ocupando grandes espaços na mídia nacional, não sei se para desviar a atenção da sociedade brasileira dos escândalos que se sucedem nessas duas casas, um após o outro, ou se devido a uma atitude irresponsável, eis que os "nobres" deputados, não satisfeitos com o que percebem, passam a reivindicar aumento salarial. Seria cômico se não fosse triste.

Por mais que queiramos ser generosos com este país, não tem como sê-lo, haja vista, a inclinação do nosso povo para a galhofa, a imoralidade, a indecência e a falta de pudor; sobretudo por parte daqueles que nós escolhemos para nos representar no parlamento nacional.

Pelo visto o presidente norte-americano Barack Obama, não conhece patavina do Brasil, porque em recente encontro como o nosso guia, ele se expressou da seguinte maneira: o presidente Lula é o cara. Das duas uma, ou essa gíria tem outro significado no seu país ou definitivamente os americanos não conhecem o Brasil e o caráter dos brasileiros.

Com salários de verdadeiros marajás, com o país mergulhado numa crise sem precedente na história nacional, reivindicar aumento salarial, é dar um tapa na cara do povo brasileiro, que pobre e ignorante, continua elegendo os nossos "representantes", troco de dentaduras, carradas barro, um contracheque e uma bolsa miséria.

Em Tempo:

Nessa bandalheira toda, digo, farra toda, a esquerda e a direita se nivelam por baixo. Nessa farra das passagens, até nomes como os dos deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) e do deputado federal Fernando Coruja (PPS-SC), do partido que cujo slogan é: "PPS um partido decente", constam da relação dos parlamentares que usaram as passagens fornecidas pelo Congresso Nacional, para os seus familiares viajarem de férias.