O Imparcial Online
Conselho de Ensino decidiu adotar o novo Enem como etapa única de seleção para ingresso na Ufma, extinguindo o Vestibula
Estudantes são contra
Em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) realizada na manhã desta quinta-feira, no Palácio Cristo Rei, na Praça Gonçalves Dias, ficou decidido que a Universidade Federal do Maranhão (Ufma) vai adotar o Novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como processo seletivo. Com essa decisão, o vestibular tradicional da Ufma será extinto. O Enem servirá como etapa única do vestibular, com todas as questões objetivas. A redação do exame contará como a segunda etapa do “vestibular”.
Com trinta votos a favor e apenas dois contra, o Conselho votou a proposta apresentada pelo conselheiro relator Marcos Antônio Bonfim, coordenador do curso de Zootecnia, no campus em Chapadinha.
Foi realizado um único debate no sentido de socializar e discutir a proposta do Ministério da Educação, encabeçado pela Associação de Professores da Ufma (Apruma), Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
Segundo informações da Assessoria de Comunicação da Ufma, a reunião contou com a presença do reitor, Natalino Salgado, e de pró-reitores de ensino da universidade.
“O que foi decidido aqui foi fruto de um processo totalmente democrático. O conselho é um espaço representativo e o colegiado deliberou, por maioria, que a nossa universidade deve participar de um processo que contribui com a igualdade de oportunidades para nossos estudantes”, disse Salgado.
De acordo com Camila Chaves, representante estadual da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), esse é um posicionamento autoritário da reitoria. “Os Exames Nacionais, tal como ocorrem atualmente, não levam em consideração as dimensões pedagógica, trabalhista e estrutura física da educação básica no país, servindo, portanto para avaliar o desempenho de um ou outro indivíduo ou instituição em situações muito particulares", disse.
Para Camila, “devido à situação precária em que se encontra a educação básica no nordeste, especialmente em no Maranhão, aos estudantes desta região e às universidades distantes do eixo Rio/São Paulo, restarão as vagas dos cursos menos concorridos; a mudança que visa proporcionar mobilidade acadêmica não traz clareza sobre como se dará a permanência desses estudantes na universidade”.
Em protesto, os estudantes realizaram, na quinta-feira, uma reunião de mobilização, no hall do Centro de Ciências Humanas (CCH), e na sexta-feira, ficariam de vigília na porta do Palácio Cristo Rei, na Praça Gonçalves Dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário