A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAM) pagou encontro de juízes do trabalho realizado em resort no Estado da Bahia. Desse encontro participaram dez ministros do TST, dois presidentes de tribunais regionais de várias regiões do país. Dos dez ministros presentes ao 16º Ciclo de Estudos de Direito do Trabalho, dois deles, participaram acompanhados das suas esposas.
O que mais chamou a atenção da imprensa para esse evento, que teve o patrocínio de uma instituição que existe para defender uma categoria que tem muitas pendengas trabalhistas, foi o valor da diária de um apartamento simples no Tívoli Ecoresort Praia do Forte, onde ocorreu esse evento, a bagatela de R$ 798.
A FEBRABAM num gesto de extrema "generosidade" patrocina um evento como esse, sem nada exigir em troca. Você acredita em generosidade de banqueiros? Eu não! Nesse gesto, deve estar embutido alguma forma de compromisso-retribuição, do tipo é dando que se recebe, como diz o hino de São Francisco de Assis: "Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna."
O vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, João Oreste Dalazen, que participou desse encontro, acompanhado da sua esposa, ainda classificou esse encontro realizado no feriado prolongado de 18 a 21 Abril, como tendo sido um grande sacrifício. Ele que presidiu a abertura dos trabalhos. "Não se pode ver com maldade a participação de juízes nesses eventos", disse o ministro.
Um Juiz que participa de um evento patrocinado pelo sindicato patronal, será que tem moral para julgar contra os interesses dessa categoria? O bom sendo me diz que essa independência não existe quando se julga alguém que generosamente nos proporcionou um final de semana digno de um rei.
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