Sou um crítico impiedoso dos caciques do PMDB, admito, mas reconheço que as lideranças desse partido têm um senso extraordinário de oportunidade e de preservação que nenhum outro partido brasileiro têm.
O partido que mais se aproxima da lógica peemedebista - é o PSDB, só que esse partido está na oposição, enquanto que o PMDB é sempre governo, qualquer que seja o governo. E na medida em que o tempo vai passando, mais fortalecido vai ficando um partido que têm no seu comando, políticos com o perfil de José Sarney, Michel Temer e Renan Calheiros. Nessa ordem de importância.
O poder do PMDB sobre o governo Lula é tão grande, que o senador Renan Calheiros, quando a coisa não funciona dentro daquilo que ele espera e deseja, não tem nenhum pudor em não acatar um pedido do presidente da república, como aconteceu recentemente, quando Lula mandou um recado para o senador alagoano, lhe dando a entender que quer ver o senador Romero Jucá, como relator da CPI da Petrobras. E qual foi a atitude de Renan Calheiros, diante dessa ordem velada do presidente? Apenas pediu um tempo para pensar.
O poder do PMDB e por extensão dos peemedebistas, reside na sua valorização, diante de qualquer governo, partido ou autoridade. Em outras palavras: é se impondo e fazendo valer a sua força política. E os peemedebistas não cometem nenhum erro, agindo assim.
Em Tempo:
O Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi disse ontem em Belo Horizonte, que o seu partido, o PDT, poderá apoiar a candidatura de Aécio Neves para presidente da república. E disse mais: nós ainda não temos compromisso com nenhum dos prováveis candidatos. Esse posicionamento de Carlos Lupi surpreendeu a muita gente no Palácio do Planalto.
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