quarta-feira, 3 de junho de 2009

Religião: uma mentira necessária

A religião cristã foi criada para se contrapor ao poder terreno dos imperadores romanos, que escravizavam os seus súditos e os submetiam aos seus caprichos e vontades. Surgiu mais como um movimento revolucionário do que como uma religião propriamente dita. Esse movimento que no princípio era um misto de religião e movimento revolucionário, após ser cooptado pelo rei Constantino, passou a ser visto apenas como um meio para se atingir o reino do céu.

A religião cristã surgiu na região da atual Palestina no século I. Essa região estava sob domínio do Império Romano neste período. Criada por Jesus espalhou-se rapidamente pelos quatro cantos do mundo, se transformando atualmente na religião mais difundida.

Jesus foi perseguido pelo Império romano, a pedido do imperador Otávio Augusto (Caio Júlio César Otaviano Augusto), pois defendia idéias muito contrárias aos interesses vigentes. Defendia a paz, a harmonia, o respeito a um único Deus, o amor entre os homens e era contrário à escravidão. Enquanto isso, os interesses do império eram totalmente contrários. Os cristãos foram muito perseguidos durante o Império Romano e para continuarem com a prática religiosa, usavam as catacumbas para encontros e realização de cultos.

A religião, sobretudo nos momentos conturbados como esse que nós estamos vivendo, com todo tipo de crise, que fragiliza ainda mais o ser humano, passa a desempenhar um papel fundamental na vida das pessoas ao lhes acenar com uma vida futura, onde os sofrimentos vividos aqui na terra, deixarão de existir para os justos e tementes ao Pai Celestial. O personagem bíblico Jó é o estereótipo do homem que almeja a salvação.

Para quem neste mundo, está como um náufrago em pleno Oceano Pacífico, uma promessa e uma certeza como essa, acabam funcionando como uma verdadeira tábua de salvação para a plebe ignara.

A religião num mundo em que só se ouve falar de desemprego, tragédias, violência e da ameaça de uma guerra nuclear, atua sobre o aflito, como um verdadeiro bálsamo: aliviando e consolando a vida dos desesperados. Todas as religiões têm um mesmo objetivo: livrar a pessoa humana das crises existenciais e criar um estado de conformidade.

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