A vida do ser humano, desde que ele nasce é marcada por tragédias. Toda criança ao nascer chora, como um prenúncio do que a vida lhe reserva no futuro. São tragédias individuais e coletivas, que marcam a vida de cada um de nós, tornando a nossa vida triste e muitas das vezes, sem sentido.
A doença é a maior tragédia individual que cada ser humano vive, e todos indistintamente vão ser acometidos por uma doença, que fatalmente irá lhe tirar o sopro de vida. Uns tem mais sorte, porque morrem lentamente, de maneira natural, outros, são vitimados por uma doença que transforma a vida do individuo num verdadeiro inferno, aqui na terra -, se é que existe inferno em outro lugar. O inferno somos nós.
Na vida de certas pessoas acontecem tragédias, que a partir do momento em que elas acontecem, a vida perde completamente o sentido e qualquer significado. Tomemos por exemplo, a vida da mãe da pequena Sofia, que morreu sufocada dentro de um automóvel, devido ao esquecimento da sua mãe. Uma mãe que esqueceu a sua filha no interior do seu próprio veículo, que estressada pela vida louca que leva numa cidade grande como São Paulo, ao estacionar o seu carro, esqueceu que havia deixado a sua filha presa dentro do carro e quando caiu em si, já era muito tarde, e Sofia não existia mais.
Tragédias como a perda do emprego, enchentes que destroem lares e ceifam vidas humanas. Tragédias como a do Airbus, que de uma só vez, deixou centenas de lares enlutados. Assim as tragédias vivem se repetindo a todo o momento.
Mas o ser humano, não se dá conta desse seu futuro implacável, e segue a sua vidinha cheia de pedantismo, como se nada de ruim lhe fosse acontecer um dia. Ledo engano, porque a vida não é sempre esse mar de rosas, como em determinados momentos ela se apresenta.
Tudo nesta vida é ilusório, transitório e efêmero. O amor, a paixão, a alegria, as dores (do parto inclusive). Mas se a vida é isso, porque insistimos em lutar por ela? Puro instinto de sobrevivência e preservação. Assim como os outros animais, nós seres humanos, também lutamos, só que de maneira consciente, pelo prolongamento da vida e procuramos sempre nos manter iludidos, como uma forma de não enlouquecer ou perder o juízo.
De tudo na vida que já experimentei o que mais me deixa confortável e de bem comigo mesmo, é praticar gestos de solidariedade, humanidade e me colocar na pele do outro ser humano. O mais é tudo vaidade.
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