segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Roberto Mangabeira Unger sugere 5 pontos para debates


A ausência nos debates sobre temas relevantes da vida nacional nas campanhas presidenciais levou o filósofo, professor da Universidade Harvard e ex-ministro do governo Lula, para assuntos estratégicos Roberto Mangabeira Unger, a propor cinco temas para debates na próxima eleição em 2010 - num artigo escrito para o jornal Folha de São Paulo, de ontem (15/11).

São propostas muito pertinentes e oportunas, onde ele apresenta para o país, sugestões que se colocadas em prática, por qualquer governo, poderão certamente fazer o Brasil encontrar um atalho para o se desenvolvimento integral e pleno.

Ele começa apresentando o primeiro projeto que é democratizar a economia de mercado, onde ele diz que não basta só regular o mercado. Não basta contrabalançar suas desigualdades. É preciso reconstruí-lo para torná-lo mais includente.

Segundo ele, parte dessa obra é a consolidação de uma política industrial que facilite o crédito para as pequenas e medias empresas.

O segundo projeto trata de dotar a nossa economia de uma proteção, que ele chama de escudo, ou seja, reafirmar a parte sadia do que já temos que vem a ser o realismo fiscal e responsabilidade fiscal. E desenvolver políticas de melhoria da poupança nacional, como base para o nosso desenvolvimento. Incentivar a poupança nacional, pública e privada e apelar para a poupança estrangeira.

O terceiro projeto é capacitar o povo brasileiro por meio do ensino publico, tendo como prioridade a construção de regras e os meios para tornar uniforme esse ensino, de modo a termos um padrão único de ensino para todo o país. Com a educação que uma criança recebe, não sendo obra do acaso ou do lugar onde ela nasce.

O quarto projeto é construir um Estado capaz de fazer tudo isso. Com esse estado, tendo uma agenda de eficiência de gestão pública e a profissionalização do profissional administrativo. Esquecendo a agenda do experimentalismo e do improviso.

Com o quinto projeto ele encerra esse elenco de sugestões, propondo o financiamento de campanha, como uma forma da política sair da sombra corruptora do dinheiro público e privado.

São todas propostas de nível estratégico, mas uma particularmente me chamou a atenção, que foi a da construção de um estado capaz de implementar essas políticas. O que nos sugere que o atual Estado brasileiro, ainda não se encontra preparado como nação para dar um salto de qualidade em termos de desenvolvimento. Outro ponto que convém destaque é quando ele propõe a criação de um Estado capaz de fazer tudo isso, ou seja, promover mudanças na estrutura de governo, para torná-lo mais eficiente. [Leão Arouche Neto]

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