Quando esse assunto já se encontra quase esgotado na grande mídia é que resolvo meter o bedelho nessa discussão, que aparentemente, não nos diz respeito, por se tratar de uma polêmica que envolve uma estudante de nome Geyse Arruda, da Universidade de São Bernardo do Campo (Uniban) e um grupo de alunos dessa universidade do ABC paulista.
Com a imprensa do país inteiro, tomando o partido dessa garota que se sentiu agredida por outros estudantes e a decisão sumária da Uniban em expulsá-la; se posicionar contra os órgãos da imprensa que saíram em defesa dessa jovem é querer polemizar, tendo a certeza de que não terei do meu lado o apoio de companheiros que escreveram se posicionando a favor de Geyse Arruda, por considerarem um ato arbitrário de parte dessa universidade e a atitude intimidatória dos alunos que xingaram e ameaçaram com palavras de baixo calão uma estudante que foi a sala de aula, como que vai a uma boate onde as mulheres fazem strip-tease.
Que o Brasil nos últimos anos passa por um processo de inversão de valores, isso é um fato. Com as pessoas banalizando tudo, sobretudo as mulheres, que no afã de se promoverem e se tornarem celebridades, mesmo que seja instantânea, não conseguem medir as conseqüências dos seus atos.
O ar que respiramos hoje no Brasil é da mais completa licenciosidade, com as pessoas usando os seus corpos para conseguirem um emprego, melhorarem as suas posições nas empresas e até mesmo, as alunas querendo levar alguma vantagem em cima de um professor antiético.
Quase todas as universidades têm o seu código de vestuário, baseado na teoria de que os alunos devem aprender a usar roupas, para o momento e ambiente adequado. Que me parece ser o caso da Uniban. Isso também faz parte do processo educacional.
“Compreender e aplicar esse comportamento não apenas serve para melhorar a qualidade de vida das pessoas como contribui para aprimorar os princípios de moral e, principalmente, manter a imagem do campus intacta.”
A decisão da Uniban foi tomada a posteriori, após a reação indignada de um grupo de estudantes que não aceitaram a maneira despudorada de se vestir de Geyse Arruda. O que por si só já justificaria a decisão do conselho dessa universidade, que infelizmente, devido à pressão movida pela imprensa resolveu voltar atrás. O que é deveras lamentável.
A estudante Geyse Arruda, violou o ambiente acadêmico, causando algum transtorno pela maneira inconveniente de se trajar. Mas como nós vivemos num país onde certos valores não são levados em consideração, quando alguém resolve se insurgir contra um procedimento leviano e impudico, quem deveria se posicionar contra, incentiva a bandalheira. A começar por certos pais de família, que até incentivam as suas filhas a se mostrarem desfrutáveis.
Por essas e outra é que o nosso país continua sendo tratado lá fora como um país imoral, cuja pobreza leva as pessoas a se prostituírem.
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