domingo, 2 de maio de 2010

MA vai propor criação do Ministério da Economia Solidária

Essa é uma das propostas dos 52 delegados escolhidos para participar da Conferência Nacional, em Brasília.

A criação do Ministério da Economia Solidária é uma das propostas que os 52 delegados representantes do Maranhão apresentarão na II Conferência Nacional de Economia Solidária, que acontece no mês de junho, em Brasília.

A eleição dos delegados e a divulgação do documento com esse e outros indicativos, ocorreu na noite de sábado (1º), ao final da II Conferência Estadual de Economia Solidária, evento que teve início na sexta-feira (30), em São Luís.

Entre as várias proposições adicionadas ao documento, destaca-se, também, a inclusão do tema “Economia solidária” no currículo das escolares e a ampliação da assistência técnica aos agricultores familiares. Os delegados maranhenses que vão à conferência nacional em Brasília foram eleitos entre cerca de 300 lideranças de grupos de agricultores familiares, quebradeiras de coco, grupos de artesãos e de comunidades tradicionais que participaram como delegados da conferência estadual.

Debate amplo

O secretário de Trabalho e Economia Solidária, José Antônio Heluy, explicou que as propostas incluídas no documento foram resultado de um debate amplo e refletem as aspirações mais legítimas dos grupos de economia solidária do Maranhão. “As temáticas tratadas na conferência estadual e sistematizadas como propostas resultam de discussões acumuladas nas seis pré-conferências realizadas em março e abril que reuniu grupos de economia solidária dos 11 Territórios de Identidade do Maranhão”, informou o secretário.

Antônio Heluy acompanhou de perto os dois dias de atividades da conferência estadual e fez parte de um dos três grupos de trabalho que se formaram com o objetivo de discutir e elaborar as propostas.

Ao final de dois dias de palestras, depoimentos, painéis e estudos, os integrantes dos três grupos de reuniram em plenária para aprovar o documento e eleger os delegados.

Outras propostas incluídas no documento contemplam a institucionalização de programas de apoio aos grupos de empreendimento solidários, criação de uma política de crédito adequada à realidade da atividade e uma unificação das políticas públicas voltadas para essa área no âmbito das três esferas de poder.

No Maranhão, empreendedores de economia solidária já conseguiram fortalecer linhas de escoamento e comercialização da produção, como o Grupo Margaridas do Cerrado, do município de Loreto, que trabalha com produtos gerados a partir do agro-extrativismo, como sabonetes, licores e azeites de babaçu, aroeira, pequi, mamona, vegetação típica do Cerrado Maranhense. A produção é vendida no mercado regional.

“Precisamos fortalecer a rede de escoamento da produção. Esse ainda é um dos gargalos da Economia Solidária”, afirmou a coordenadora de Economia Solidária e Combate ao Trabalho Escravo da Secretaria de Trabalho e Economia Solidária (Setres), Mariana Nascimento.

A conferência estadual foi uma promoção da Setres, Fórum Estadual de Economia Solidária e Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Maranhão. A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), setor do MTE, mapeou 793 grupos de economia solidária no Maranhão. Esses grupos reúnem 67.929 trabalhadores, sendo a maioria ligada à agricultura família.

Os territórios de identidade definidos pelo Governo Federal no Maranhão são: Cocais (composto por 17 municípios), Médio Mearim (19 municípios), Cerrado Sul (em formação), Serrano Amazônico (em formação), Baixo Parnaiba (16), Lençois-Munim (12), Vale do Itapecuru (10), Campos e Lagos (16), Baixada (19), Alto Turi (em formação) e Região Metropolitana da Ilha de São Luís (4). (Imirante.com)

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