segunda-feira, 31 de maio de 2010

Umas & Outras

Perguntas convenientes

Os programas jornalísticos do estado do Piauí são marcados invariavelmente por obviedades e pelas perguntas convenientes. Pelo óbvio, porque na maioria das vezes o entrevistador pergunta aquilo que o telespectador já sabe de antemão. Porque a pergunta não é inteligente e não cria nenhum tipo de dificuldade para quem está sendo instado a responder as perguntas do mediador do programa. Por outro lado, a conveniência dá tom das entrevistas, com o entrevistado só respondendo aquilo que lhe interessa, muito mais a ele do que a quem os assiste. É como se as perguntas fossem feitas para agradar ao convidado, que via de regra é tratado com muita intimidade, o que contraria as regras do bom e isento jornalismo. Em Teresina é muito comum se ouvir o entrevistado tratar o entrevistador ou a sua auxiliar, no diminutivo ou até mesmo através de apelido. Desnecessário é dizer, que a recíproca também é verdadeira.

No Maranhão é tudo japones

A política maranhense é muito singular, particular até, porque se diferencia dos outros estados brasileiros, por serem os seus políticos, muitos parecidos no seu modus operandi, ou seja, na maneira de como fazer política, com todos querendo se locupletar ao chegar ao poder. Eu costumo dizer que no Maranhão, o que diferencia um político do outro é o senso de oportunidade de quem está fora do poder, que quando o cavalo se apresenta selado, ele não pensa duas vezes e monta no cavalo com sela ou sem sela, desde que o cavalo tenha musculatura suficiente para vencer obstáculos, uma corrida de resistência e que possa levá-lo a um lugar seguro e onde ele possa, mesmo sem ter ganhado na loteria ou se aventurado nos garimpos de Serra Pelada, tornar-se um homem rico num curto espaço de tempo, lhe bastando apenas um mandato. O que me leva a questionar o grupo Sarney, é a sua longa permanência no comando político desse estado. Daí eu defender a alternância de poder. No mais, não existe nenhum diferença significativa entre um grupo e outro. Entre situação e oposição.

As sua palavras não vale um nota de três reais

Todo brasileiro com um mínimo de escolaridade e que tem acesso a jornais, revistas, rádio, televisão e Internet, não tem nenhuma dúvida que o governo boliviano não faz absolutamente nada para que a droga (cocaína) produzida no seu país chegue ao Brasil. E ainda vem o presidente Evo Morales, querendo tapar o sol com a peneira, negando o óbvio, querendo mais uma vez tomar o povo brasileiro por tolo. Ao que reagiu o ex-governador de São Paulo, José Serra que como ninguém sabe dos problemas, tanto para as famílias como para o estado, que é se proteger da invasão bárbara, que é o tóxico. A Polícia Federal reforça a conivência de Evo Morales com o tráfico. Enquanto isso o governo do PT faz ouvido de mercador. A droga que alimenta e contribui para o aumento da violência em nosso país, deve ser combatida por todos os brasileiros.

Medicina de qualidade só na capital

A medicina piauiense cantada em verso e prosa, só funciona na capital, para quem tem dinheiro, é bom que seja dito, porque para os pobres e miseráveis, ela é igual as existente em qualquer outra capital brasileira. No interior a medicina é uma "lástima Deoclécio", como diz o bordão usado diariamente pelo apresentador de televisão Amadeu Campos, para dizer que a coisa anda muito mal. Em São Raimundo Nonato, por exemplo, os médicos só sabem receitar caché (pílulas, comprimidos), como dizem os caboclos. Para que se tenha uma idéia, o dinheiro gasto pelo estado e a prefeitura para transportar doentes para Teresina, provoca uma verdadeira sangria nos cofres públicos, um dinheiro que poderia ser usado para outros fins. Um município pólo como São Raimundo Nonato, que no seu entorno existe mais de uma dezena de municípios, já deveria ter um hospital com uma equipe formada de excelentes médicos - para atender a população local e dos municípios vizinhos. Mas os bons médicos não querem residir no interior. O prefeito Herculano Negreiros até que vem buscando mudar essa triste realidade, mas ainda não conseguiu, repito, pela resistência de médicos especialistas em ortopedia, por exemplo. O médico Antonio Isaías, o melhor de todos os médicos dessa região, faz o que pode, mas como se diz, uma andorinha só não faz verão.

siga no Twitter o blog Dom Severino ( severino-neto.blogspot.com) @domseverino

Nenhum comentário: