O Brasil talvez fosse um país melhor, se não tivesse justiça, porque cada um faria justiça ao seu modo, ou seja, apelando para os meios que os maranhenses usam, quando se trata de fazer justiça. Nesse estado a profissão do pistoleiro já é quase reconhecida. Com a população desse estado preferindo recorrer aos serviços dos matadores profissionais do que aguardar a ação da justiça, que além de lenta, ainda depende de muito dinheiro para que um processo ande. Justiça a favor dos pobres, sobretudo, é uma utopia. Uma decisão judicial sempre é refeita por uma instância superior o que significa que uma decisão judicial da primeira instância vale tanto quanto uma cédula de três reais.
Agora mesmo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, acaba de suspender uma punição arbitrada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), contra dez magistrados supostamente envolvidos num esquema de desvio de R$ 1,4 milhão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Se um ministro do STF tem a coragem de revogar uma decisão do Conselho Nacional Justiça, que se supõe, seja uma decisão tomada por um colegiado após exaustivas investigações, o que um ministro do STF e ou um desembargador não podem fazer com uma decisão de um juiz de uma Comarca do interior do Maranhão?
O caso recente mais emblemático dessas idas e vindas da justiça brasileira, é o que envolve o ex-policial e advogado Mizael Bispo, acusado de matar a advogada Mércia Nakajima, que o ministério público pede a sua prisão desse ex-policial, a policia investiga, conclui o processo e manda esse suposto criminoso para a prisão e por duas vezes a justiça paulista revoga a prisão de Mizael.
Ladrão de galinha e autores de pequenos furtos, esses apodrecem nas cadeias, já falsificadores e compradores de dinheiro falso, esses além do tratamento vip nas cadeias, passam pouco tempo da prisão. Pode até ser que a culpa é da lei e não da justiça, mas é a justiça que sempre acaba levando a má fama. É óbvio que existem juízes que fazem da sua profissão um verdadeiro sacerdócio, como o juiz Marlon Jacinto Reis, que afora as atribuições normais como magistrado, ainda encontra tempo para trabalhar em defesa do meio ambiente e contra a corrupção eleitoral. O Dr. Marlon Jacinto Reis que funcionou como um dos coordenadores do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral (MCCE). Ainda bem que nós temos juízes com estofo e estoicismo moral, de homens como Fausto de Sanctis e Marlon Jacinto Reis, porque senão seria o fim da esperança.
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Um comentário:
É VELHA MAS É BO. JUIZ PENSA QUE É JUIZ E DEZEMBARGADOR TEM CERTEZA. É UMA VERGONHA ESSA JUSTIÇA.
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