segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Educação é coisa séria

Sem uma educação de excelente qualidade, que só se consegue, com professores bem qualificados e bem remunerados, nem país consegue atingir o clube dos países mais desenvolvidos.  

A explosão de faculdades e universidades em todo país, sem reunirem as mínimas condições de funcionamento, só serve para uma coisa: enriquecer os donos desse negócio rentável e lucrativo. O ensino privado, com raríssimas exceções, só existe em função do recebimento das mensalidades. Compromisso que é bom com a qualidade do ensino, isso é coisa secundária. Nessas faculdades, que embora sejam legalizadas, quem paga regularmente as suas mensalidades passa no final do período. Esse é o único compromisso.

O ensino público universitário, também se expandiu muito, sem ter a preocupação com a qualidade do ensino, porque, se até nos centros mais desenvolvidos a carência de bons professores é grande, o que se pode esperar de um curso universitário do município de Campo Maior no estado do Piauí? Se uso esse município, o faço só como exemplo, porque eu poderia pegar qualquer município piauiense aleatoriamente e o resultado seria o mesmo.

Acabo de receber a informação de que o curso de licenciatura em Pedagogia oferecido pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI) em 8 campos dessa universidade tiveram os seus pedidos de reconhecimento legal negado. O parecer contrário ao funcionamento dos cursos, segundo fui informado, foi dado pela conselheira Eliana Mendonça, do Conselho Estadual de Educação do Estado do Piauí. De acordo com o reitor da UESPI, Carlos Alberto, o pedido de “denegação do reconhecimento legal” do curso foi feito pela própria Instituição. Com o não reconhecimento legal, os alunos que já concluíram o curso podem ficar impedidos de exercer a função.

Alguns anos atrás existiu no Piauí uma faculdade de nome Religare, ligada a Igreja Ortodoxa, que acabou dando um golpe numa centena de estudantes do curso de Filosofia, que estudaram por mais de dois anos, num curso ilegal.  Alguns estudantes chegaram a acionar a justiça, mas como tudo no Brasil, a coisa não deu em nada.

Para o bom aluno, a universidade privada ou pública federal, não faz muita diferença, porque esse corre, vai atrás e consegue bons resultados. Mas para o aluno medíocre, que não tem nenhum compromisso consigo próprio e nem com a instituição de ensino, esse além de impedir o acesso de quem realmente quer estudar,  muitas das vezes ocupa uma vaga no mercado de trabalho, mesmo sem ter competência, graças à influência e o prestígio dos pais.

Muitos pais também tem culpa, porque não se preocupam com os seus filhos, achando que só o fato de pagarem um curso numa faculdade, é o suficiente. Pais zelosos se preocupam com o futuro dos seus filhos. E um bom futuro, passa necessariamente pelo ensino de excelente qualidade.

siga no Twitter o blog Dom Severino ( severino-neto.blogspot.com) @domseverino e Portalaz

Nenhum comentário: