No Brasil não se ganha um mandato sem muito dinheiro. Quem for para uma disputa eleitoral sem dinheiro, não passará de um mero figurante.
Às vezes eu sinto compaixão dos candidatos dos partidos de esquerda, como o PSTU, PSOL e PCB, que mesmo sem nenhuma estrutura, ainda se sentem motivados a participar de um pleito eleitoral, que por antecipação, já se sabes quem terá alguma chance ou não de se eleger.
Sem tempo no horário eleitoral, sem um número expressivo de candidatos que possam receber votos que permita pelo menos eleger um deputado estadual e sem discurso, porque desde que o Partido dos Trabalhadores (PT) chegou ao poder, os discursos de esquerda foram desmoralizados, uma vez que o PT não cumpriu nada daquilo que durante algumas décadas prometeu nos palanques.
O PSTU e PSOL, não é de hoje, que vem tentando ocupar o espaço deixado pelo Partido dos Trabalhadores, mas não conseguem, pelo motivo já abordado acima. É que o eleitor vê no discurso do PSTU e PSOL, uma repetição, uma cópia do discurso do antigo PT.
Hoje em dia, até mesmo os petistas, se não tiverem muito dinheiro não conseguem um mandato. Para que isso seja comprovado, basta olharmos a estrutura de campanha de cada candidato do PT, que a exemplo dos candidatos dos outros partidos, só trabalham com caminhonetas de alto padrão. Ninguém vê mais carros pequenos, do tipo popular nas campanhas dos candidatos que já detém um mandato ou dos candidatos considerados top de linha, ou seja, os ricos ou muito ricos. Na frente do escritório de campanhas dos candidatos Júlio Cesar Lima (DEM-PT) e Assis Carvalho (PT), ate parece pátio de montadoras de automóveis.
Uma campanha que poderia ser feita só através da televisão, seria, para governadores, porque essa depende apenas de uma estrutura mínima. Comício para governador se faz até em cima de uma carroceria de um carro. Mas para os outros cargos eletivos, fazer comício é jogar dinheiro fora, porque sem os votos do curral eleitoral, ninguém consegue votos, sobretudo, no interior.
Agora se eleger governador num estado pobre, onde a mídia toda ela depende dos governo para sobreviver, é muito dificil, para não dizer impossível, porque até sem pressão dos governos, as empresas de comunicação para agradar os donos do poder, aqui e ali demonstram as suas preferências. Isso sem se falar de alguns comunicadores que fazem bico no estado ou no município.
Quem acompanha atentamente aos programas jornalísticos das televisões locais, percebe a babação, a bajulação e o puxa-saquismo de certos apresentadores e comentaristas. Uma coisa indecente, a bem dizer.
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