quarta-feira, 24 de novembro de 2010

José Sarney é o Pelé da política

José Sarney está para a política, assim como Pelé está para o futebol. José Sarney é o Pelé da política.
 
É Jesus lá em cima no Céu e José Sarney aqui na Terra. As manchetes dos jornais de hoje, estampam matérias dando conta da preferência de Dilma Rousseff, pela permanência de José Sarney na presidência do Senado. O que caso venha a se confirmar, fará de José Sarney, pela quarta vez presidente dessa casa.

Quatro qualidades no político maranhense/amapaense José Sarney (PMDB-AP), fazem dele o político brasileiro com maior poder de influência na república, desde os governos militares, até os dias de hoje. E quais são essas suas quatro qualidades? Pela ordem: humildade, experiência, lealdade e senso de oportunidade. Necessariamente nesta ordem.

O político José Sarney, não é de hoje, o mais poderoso e influente político brasileiro. Mas continua sendo um homem de uma humildade franciscana, que se impõe diante dos outros pela sua enorme capacidade de convencimento, respeito e admiração que dele emana. É óbvio que José Sarney, não é um santo, podendo até ser um lobo em pele de cordeiro. Mas, um homem que usa da sua inteligência para se fazer respeitar e ser temido. Eu poderia acrescentar a essas quatro virtudes de Sarney, mais uma: a sua inteligência privilegiada. Porque não venha me dizer, que um homem comum, dotado apenas de uma inteligência  mediana, conseguiria se manter  no topo, durante todo esse tempo. O político e escritor José Sarney é dotado de uma inteligência excepcional e rara.

Eu sempre fui um critico da permanência do grupo Sarney no comando do estado do Maranhão por todo esse tempo, mas nunca subestimei a inteligência e a capacidade de Sarney de poder virar o jogo a seu favor, em momentos em que todos o consideravam liquidado para a vida pública. O ano de 2009 foi um desses, em que como uma fênix, Sarney ressurgiu muito mais poderoso e influente.

José Sarney que livrou Luís Inácio Lula da Silva de um impeachment, no auge da crise do mensalão e que poderia também ter salvado a Fernando Collor de Mello, se esse tivesse tido a humildade de pedir ajuda a um político que por pouco não deixou a presidência da república, pela porta do  fundo. É que Sarney sempre teve a seu lado, nos momentos mais críticos do seu governo, um velho e fiel amigo, o advogado Saulo Ramos.

José Sarney que hoje ter o reconhecimento da nação brasileira, como o responsável pela transição de um regime de exceção para um regime democrático. Um governo, que hoje sabemos pelo testemunho de homem também excepcional, o seu ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, que o fim da inflação começou no seu governo, quando foi estabelecido o corte nos gastos públicos como premissa para conter a inflação.

Pensando bem, eu acho que a história acabará absolvendo José Sarney. Afinal de contas, ninguém é perfeito. Todos os homens são dotados de vícios e virtudes.

Em TemPo:

Na política brasileira é tudo Maria Madalena.

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