domingo, 16 de janeiro de 2011

Passa de 610 o número de mortos

De acordo com a Polícia Civil, os temporais na Região Serrana do Rio já foram responsáveis por 611 mortos. Desses, 590 já foram identificados. De acordo com informações da Defesa Civil, 274 óbitos foram registrados em Nova Friburgo, 263 em Teresópolis, 55 em Petrópolis e 19 em Sumidouro. A Polícia Civil do Rio informou que 590 corpos já foram identificados. Em São José do Vale do Rio Preto teriam quatro mortos.
Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
Funerárias não têm estrutura para tantos velórios e enterros em Nova Friburgo | Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia
Petrópolis tem o maior número de desabrigados (3.600 desalojados e 2.800 desabrigados), seguido de Nova Friburgo (3.220 desalojados e 1.970 desabrigados). Já em Teresópolis são 960 desalojados e 1.280 desabrigados.

Em Sumidouro, o número de desabrigados e desalojados chega a 500, Já em São José do Vale do Rio Preto há 3.000 desabrigados e 300 desalojados.

Histórias de sobreviventes que são um alento ao drama

Em meio ao cenário desolador em que se transformaram as cidades da Região Serrana do Rio atingidas pela enxurrada da última semana, histórias de vitória na luta pela sobrevivência emocionam. São também um alento e dão força para quem fica e ajuda nos resgates de corpos.

Agarrada aos galhos de um pequeno limoeiro, a família da professora de dança Giliane da Silva Pacheco, 28 anos, se manteve unida e escapou da morte por milagre. Ela, o marido, Márcio da Silva Pereira, 28, e a filha do casal, Giovanna, 8, foram arrastados por metros pela enxurrada que devastou a região central do distrito de Vieira, a 60 km do Centro de Teresópolis.
Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Giliane, a filha e o marido: família se salvou agarrando-se ao limoeiro do quintal | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Ao retornarem ao local onde viviam, na sexta-feira, encontraram a casa destruída. O limoeiro que os salvou da morte permanecia de pé. “Sei que foi a mão de Deus que nos segurou”, disse Giliane.

O drama, porém, não foi fácil de ser superado. Assim que a água invadiu a casa da família, Giliane pulou o muro para tentar chegar ao telhado com a filha no colo, mas acabou derrubada por uma tromba d’água. “Acabamos arrastadas pela força da correnteza. Agarrei a Giovanna ao máximo, mas uma geladeira bateu em mim e a perdi na enchente. A partir desse momento, parei de lutar. Não queria viver sem ela”, diz. (O Dia Onine e blog Dom Severino)

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