domingo, 24 de abril de 2011

Cruel!...

Ah, se as dores que eu sinto ela sentisse,

se as lágrimas que eu choro ela chorasse;

talvez nunca um momento me negasse

tudo que eu desejasse e lhe pedisse!


Talvez a todo instante consentisse

minha boca beijar a sua face,

se o caminho que eu tomo ela tomasse,

se o calvário que eu subo ela subisse!


Se o desejo que eu tenho ela tivesse,

se os meus sonhos de amor ela sonhasse,

aos meus rogos talvez não se opusesse!


Talvez nunca negasse o que eu pedisse,

se as lágrimas que eu choro ela chorasse

e se as dores que eu sinto ela sentisse!
. . .

Joaquim Vespasiano Ramos (Caxias, 13 de agosto de 1884Porto Velho, 26 de dezembro de 1916) foi um poeta brasileiro.

Nasceu nas condições mais humildes, desde cedo começou a trabalhar no comécio local, no entanto buscando sempre o saber tornou-se um viajante compulsivo, que levaria o conhecimento a outros povos, durante a sua vida viajou por quase toda a região norte e também o sul do Brasil.

Publicou sua obra poética em diversos jornais e revistas de seu tempo. É considerado o precusor da literatura em Rondônia.

Em sua homenagem foi contruído um grande centro recreativo, em Rondônia,e no Maranhão, uma das mais belas praças da capital recebe o seu nome.

É patrono da cadeira n° 32 da Academia Maranhese e da cadeira n°40 da Academia Paraense de Letras.


 Tumulo do poeta maranhense em Porto Velho (RO).

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