quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O país das oligarquias, dos coronéis da política e das famílias influentes



Na região Nordeste “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Essa é máxima que prevalece cá entre nós, como norma de vida. Esse é um axioma calhorda, convenhamos, mas muito presente no nosso dia a dia 

O Brasil que pretende ser incluído no grupo dos países mais ricos e desenvolvido em todo o mundo é o mesmo que ainda convive com a política dos coronéis, das oligarquias e das famílias. Políticas que privilegiam os interesses desses três grupos. Desnecessário dizer, que esse poder político é ainda muito presente, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, mas não necessariamente só nessas duas regiões, representa o atraso.

Mas é na região Nordeste, não por acaso a região mais pobre e miserável do país, onde as oligarquias, os coronéis da política e as famílias influentes mandam no poder. Nos estados nordestinos, ainda prevalece à lei do mais forte. A lei do você sabe com quem você está falando?.

Falar de independência desses três grupos no Nordeste, poucos se atrevem, porque até mesmo aqueles que foram admitidos no serviço público municipal, estadual ou federal através de concurso público, tem alguém da família que não teve a mesma sorte e que acabou tendo que apelar para os favores daqueles que de fato mandam no Estado. Isso acaba criando alguma dependência com relação a quem ajudou um parente nosso.

Baseado nessa dependência é que a população costuma colocar sob suspeição as autoridades estaduais, que por estarem sujeitas a pressão das oligarquias, dos coronéis da política e das famílias que se entrecruzam, acabam sempre cedendo as pressões desses três grupos muito poderosos.

Não è a toa que os nordestinos mais bem aquinhoados e com visão de futuro, orientam seus filhos a buscarem um emprego no serviço público, que além de ter uma carga horária bastante flexível (menos os bancos oficiais), gozam de certas regalias e de não estarem sujeitos a demissão por qualquer da cá aquela palha.

Um Estado como o Piauí, o maior empregador é o próprio Estado e os empregos fora da máquina estatal, são precários, temporários, terceirizados e subproletários, porque vinculados a economia informal. O setor que mais cresce neste Estado é o de serviços, que via de regra paga muito mal e ainda por cima é muito exigente. Sem emprego na iniciativa privada e sem qualificação profissional, o piauiense é obrigado  a apelar para um emprego no estado ou município. 

A dependência do poder público e empresarial nos estados sabidamente pobres obriga as pessoas mais pobres e mais fracas a rastejarem, a se humilharem e a se submeterem a todo tipo pressão vinda de cima para baixo, sem reclamar.

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